A Perfeição da Criação – trecho
Peter V. Ross
Da Palestra “Ciência Cristã, Seu propósito e método”1929
A percepção da Presença Divina é a oração ou o tratamento que, na Ciência Cristã, destrói o pecado e a doença. Você já se sentiu tomado por ansiedade ou ressentimento? Sim, mais de uma vez. E quando você estava nesse estado, algo aconteceu para fixar sua atenção nas coisas do Alto? O que aconteceu então com a raiva, o desânimo, o alarme? Eles foram afastados dos pensamentos e dissipados por um impulso mais nobre, que se apoderou de você.
O grosseiro sempre cede ao sutil. Assim, quando alguém percebe a presença de Deus como Amor, essa percepção, difundindo-se pela consciência, literalmente dissolve o medo, a dúvida e o ódio que o atormentam. Então vêm a liberdade e felicidade ampliadas. Então vem também uma saúde melhor, pois tudo o que cura a consciência humana cura também o corpo humano, porque o corpo é apenas a camada inferior da consciência, como veremos em breve.
Não existe uma linha divisória nítida entre medo e doença, entre ódio e dor. São apenas gradações do pensamento ou da crença mortal, e todas são curadas pelo mesmo processo espiritual: a inundação da consciência com Verdade e Amor. Lembro-me bem de um menino que, como é comum entre os meninos, um dia atirou uma pedra sem rumo, mas com toda a força que conseguiu reunir. Assim que a pedra saiu de sua mão, sua mãe inesperadamente virou a esquina de um prédio e cruzou o caminho do projétil veloz. A pedra não a atingiu, embora parecesse que sim, mas o menino, tomado pelo terror e pela consciência pesada, foi atormentado por uma dor que lhe percorreu os dedos. Falamos de medo, malícia e remorso como companheiros e causas de doenças, e em certo sentido o são, mas num sentido mais verdadeiro, são nomes diferentes para essencialmente a mesma coisa. Não há uma distinção clara entre o domínio da raiva e a dor lancinante da chamada dor física. Todas essas coisas são monstruosidades mentais e, portanto, a Sra. Eddy podia dizer com toda a certeza que “não parcialmente, mas totalmente, o grande curador da mente mortal é o Curador do corpo” (Ciência e Saúde, página 326).
Não se pretende insinuar que as pessoas doentes sejam necessariamente maldosas por natureza, pois obviamente não o são, embora muitas vezes demonstrem medo, inconscientemente. Mas a mente humana acredita na doença, criou, por meio dessa crença, leis da doença e passou a temer suas próprias criações e ilusões. Assim, você e eu nos tornamos vítimas, muitas vezes sem culpa específica de nossa parte, dessas falsas crenças e das chamadas leis, até que aprendamos na Ciência Cristã como nos proteger por meio da compreensão da onipresença e do onipotência da Vida perfeita e eterna.
Original
The Perfection of Creation – excerpt
Peter V. Ross
From “Christian Science: Its Purpose and Method.” 1929
The realization of the divine presence is the prayer or treatment which in Christian Science destroys sin and sickness. Have you ever been filled with anxiety or resentment? Yes, more than once. And when you were in this condition has something occurred to fix your attention on things above? What then happened to the anger, the discouragement, the alarm? They have been put out of thought, and away, by the nobler impulse which took possession of you. The grosser always yields to the finer. So it is that as one realizes the presence of God as Love, this realization, diffusing itself through consciousness, literally melts away the fear and doubt and hate which are tormenting him. Then come enlarged freedom and happiness. Then, too, comes better health, for whatever cures human consciousness cures also the human body, because the body is only the lower layer of consciousness, as we shall presently see.
There is no definite line of demarcation between fear and disease, between hate and pain. They are only gradations of mortal thought or belief, and they are all cured by the same spiritual process, the flooding of consciousness with Truth and Love. I well remember a boy who, as boys are wont to do, one day threw a stone aimlessly, but with all the force he could command. As the stone left his hand his mother unexpectedly came around the corner of a building and crossed the path of the speeding missile. The stone did not hit her, though it seemed as if it would, but the boy, terror-stricken and conscience-stricken, was racked with pain to his very fingertips. We speak of fear, malice, and remorse as companions and causes of disease, and in a sense they are, but in a truer sense they are different names for essentially the same thing. There is no sharp distinction between the grip of rage and the wrench of so-called physical pain. All these things are mental monstrosities, and hence Mrs. Eddy could truly say that “not partially, but fully, the great healer of mortal mind is the healer of the body” (Science and Health, page 326).
It is not meant to intimate that ill people are necessarily unkindly in temperament, for obviously they are not, though they will often be found to be fearful, unconsciously so many times. But the human mind believes in sickness, has, in belief, enacted laws of disease, and has grown to fear its own creations and illusions, and you and I become victims, oftentimes without specific fault on our part, to these false beliefs and so-called laws, until we learn in Christian Science how to protect ourselves through a realization of the all-presence and all-power of perfect, eternal Life.