O Poder de uma Ideia Certa
De Discursos de Martha Wilcox
Introdução
Nossa reunião nesses Dias de Associação não é repetição no sentido usual. Não é fazer exatamente a mesma coisa ano após ano. Cada Dia de Associação é um dia de revelação adicional de desdobramentos mais elevados em nossa consciência humana, daquelas coisas que já são fatos espirituais. Este deveria ser para nós um dia inspirador, um dia para progredir tanto mental quanto espiritualmente. Em cada Associação, há pelo menos uma ideia notável que, se aceita na consciência, se desdobrará, nos abençoará e nos curará ao longo do ano. Esta ideia correta é um poder vivo, consciente e irresistível que se demonstra e opera as obras de Deus. Houve muitas curas durante o ano passado por aqueles alunos na Associação, que aprenderam a “ficar quietos e saber” que esta ideia correta ou o Cristo dentro de sua própria consciência se demonstra. Como o Mestre Professor, todos os professores da Ciência Cristã ascendem a revelações mais elevadas da verdade para seus alunos. Então, ao longo deste trabalho, amplificarei, ampliarei ou elucidarei o poder de uma ideia divina quando ela é tornada ativa na consciência humana.
O poder das ideias corretas ou divinas que vemos e sentimos hoje se tornará mais claro e real amanhã. Tornamo-nos cada vez mais conscientes do poder dessas ideias pelo uso crescente que fazemos delas. O desdobramento em nossa consciência humana do poder das ideias divinas é infinito e ilimitado em escopo, “já que Deus é a luz disso”. Este poder divino continuará a se desdobrar por toda a eternidade.
Nunca em toda a história a mente humana expressou as qualidades da Divindade em graus tão imensuráveis e em formas visíveis tão concretas como neste momento presente. Quando corretamente compreendidas, as qualidades de poder, capacidade, exatidão, precisão, coordenação, etc., que são tão marcantes neste conflito mundial, são todas desenvolvidas pela Mente divina, e estão somente na Mente divina.
Então surge a questão, como essas qualidades divinas de poder, capacidade, coordenação, etc., podem nos parecer forças destrutivas? É porque a chamada mente mortal traduziu essas qualidades divinas e seus funcionamentos como destrutivos, e então vê e sente sua própria destrutividade objetivada. A mente mortal ignora que Deus e Sua manifestação, o homem, são um Ser inseparável.
Estamos aprendendo que todos esses supostos poderes destrutivos, ocultos nas forças cegas da matéria, quando corretamente compreendidos, são poderes divinos que aderem somente ao Espírito. Por meio da compreensão da Ciência Cristã, estamos, cada vez mais, traduzindo todo poder, substância e ação, assim como o homem e o universo, de volta ao Espírito. É por meio da tradução que as qualidades subjetivas da Mente são reveladas.
A maior coisa que pode vir à consciência humana, veio a nós nesta era presente. Esta maior coisa é a ideia divina de Deus e o que Ele é em manifestação ou homem, como um Ser. Este fato espiritual de um Ser existe de eternidade a eternidade. Este fato espiritual de que Deus e Sua manifestação, o homem, é um Ser inseparável sempre existiu em Princípio, mas foi tornado visível em forma concreta pela primeira vez com o nascimento de Jesus.
Sempre que fazemos a declaração na Ciência Cristã de que “Deus e o homem são um Ser inseparável”, ou que “Princípio e sua ideia são um”, essas declarações podem significar muito para nós, ou podem ser meras palavras para nós. Esta Unidade de Deus e Sua manifestação, o homem, significa que o homem, como a ideia de Deus sobre Si mesmo, sozinho não pode fazer nada. Significa que Deus sozinho, sem o homem, não pode fazer nada, nem mesmo existir. O que quer que seja feito dentro do reino espiritual do universo espiritual, Deus, sozinho, sem o homem, não o faz. De fato, o que quer que seja feito, qualquer que seja a circunstância ou evento, Deus e o homem como manifestação, o fazem juntos como um Ser inseparável.
Se houvesse algo como pecado no mundo, seria Deus e o homem como manifestação, inseparáveis como um pecado. Se houvesse algo como morte no mundo, seria Deus e o homem como um Ser inseparável, morrendo e sendo a morte. Já que não podemos vincular o pecado e a morte a Deus, não podemos vinculá-los ao homem, porque Deus e o homem são um Ser inseparável. Deus, sem o homem, não pode ser imortal, mas Deus e o homem como um Ser inseparável são imortais, é a Vida eterna. Esta poderosa ideia divina de que Deus e o homem são um Ser inseparável, ativo na consciência humana, é de fato nosso Salvador.
Esta revelação veio à consciência de Maria como resultado de sua comunhão autoconsciente com o Espírito Santo ou Ciência do Ser, que era sua mente. Os patriarcas e profetas discerniram que essa ideia divina de poder espiritual existia como um fato em Deus ou Espírito, e acreditavam que seria expressa visivelmente na consciência humana, em algum tempo futuro e de alguma maneira desconhecida.
Maria
Mas Maria foi a primeira a dar prova concreta do poder espiritual da ideia divina de Deus e do homem como um Ser inseparável na forma de Cristo Jesus. Nós, como Cientistas Cristãos, estaremos prontos para progredir quando vivermos nossas vidas do ponto de vista desta Verdade revelada de que Deus e Sua manifestação, o homem, são um Ser inseparável ou é EU SOU O QUE EU SOU. Essa ideia divina ativa na consciência humana é o Poder Todo-Poderoso expresso humanamente.
O Profeta Isaías
O profeta Isaías avaliou o aparecimento da ideia divina de Deus e Sua manifestação, o homem, como um Ser inseparável. Quando essa ideia apareceu a Isaías, ele a avaliou como “Um menino nos nasceu”. E, imediatamente, ele avaliou até mesmo esse primeiro aparecimento tênue dessa ideia divina, como estando na plenitude e completude de seu caráter divino. Ele avaliou essa ideia divina como “Maravilhosa, como Conselheira, como Deus Forte, como Pai Eterno, como Príncipe da Paz.” (Isaías 9:6)
Se nós, como Isaías, reconhecêssemos que mesmo essa primeira e tênue aparição de uma ideia correta em nossa consciência é o Deus Todo-Poderoso, e já está plena, completa, acabada, perfeita e permanente, os resultados seriam surpreendentes. Quão poucas das infinitas ideias que batem à porta de nossa consciência humana são reconhecidas como o Deus Todo-Poderoso, e recebem admissão, e são permitidas a se desdobrar em sua completude, perfeição e permanência. Receio que não muitas delas. Elas são esquecidas quase instantaneamente.
Quando Isaías, o grande profeta hebreu, escreveu a declaração notável, “Porque um menino nos nasceu”, essa ideia divina estava muito à frente de sua aparição tangível e concreta na consciência humana. Quando Isaías escreveu essa profecia, ele não estava se referindo a um pequeno bebê deitado em uma manjedoura, ele estava se referindo a uma ideia divina que já existia no Princípio; ele estava se referindo ao fato eterno de que Deus e Sua manifestação, o homem, são um Ser inseparável.
A Visão de Isaías
Isaías visualizou a chamada vida humana como evoluída de Deus, Princípio divino, não da matéria ou personalidade. Isaías visualizou o homem, a ideia infinita de Deus, como gerado do único Princípio de todo Ser; ele viu o homem como intocado pelo pecado e pela morte; ele viu a Divindade, Mente divina, manifestada; ele viu Deus Filho tornado visível; ele viu a coincidência do humano com o divino. Esta também foi a visão que nasceu da consciência humana de Maria pelo Espírito Santo ou Ciência divina, e à qual Maria deu manifestação visível concreta.
Isaías visualizou a alegria no céu e na terra quando esta ideia poderosa, Deus e sua manifestação, o homem, como um Ser inseparável, seria apresentada em forma concreta ao mundo, embora para o sentido material esta ideia divina aparecesse como um bebê. Milhões de bebês nasceram antes deste pa ticular bebê nasceu na pequena cidade de Belém, mas nenhum desses milhões foi anunciado por uma multidão de anjos, ou uma estrela no Oriente.
Um Salvador Nasceu Que É Cristo, o Senhor
O anjo disse aos pastores: “Não temais; porque eis que vos trago boas novas de grande alegria, que será para todo o povo, pois hoje vos nasceu na Cidade de Davi, um Salvador (uma ideia infinita) que é Cristo, o Senhor.” (Lucas 2:10, 11) O anjo não disse que uma criança nasceu, mas ele disse que um Salvador nasceu, e este Salvador é Cristo, o Senhor, a ideia divina, a Verdade viva, consciente e irresistível da UNIDADE DE DEUS E DO HOMEM que torna todos os homens livres.
Este foi um evento notável. Nada parecido havia aparecido na Terra antes. A narrativa continua, “e de repente apareceu com o anjo uma multidão de exércitos celestiais louvando a Deus (não louvando um bebê) e dizendo: Glória a Deus nas alturas, e paz na terra, boa vontade aos homens.” Esses anjos visitantes não contemplaram o conceito humano chamado bebê, mas contemplaram a ideia concreta visível, o Salvador.
O Reinado de César como Governador de Roma
Naquela época, César Augusto era governador de Roma, e seu suposto poder e lei eram tão grandes que ele fazia o que lhe agradava com as vidas e propriedades de três milhões de pessoas. Nunca antes um mortal havia influenciado tanto poder, e nunca mais um mortal influenciará tanto poder. Por quê? Porque para nós nasceu uma ideia divina, um Salvador. E quando corretamente avaliada como Deus todo-poderoso, essa ideia divina ou Salvador em nossa consciência humana, é PODER E LEI irresistíveis, que se demonstram. Quando as hostes do céu anunciaram o aparecimento desta ideia divina, este Salvador, Cristo, o Senhor, César Augusto percebeu que estava sendo estabelecido na terra um império permanente revestido de Poder e Lei divinos, e que seu poder e lei aparentes desapareceriam em seu nada nativo.
O Conceito de Maria sobre Jesus
Para os pastores, Jesus era EMANUEL. Para eles, a Divindade havia assumido a forma de carne e sangue. Mas o conceito de homem de Maria havia se elevado acima da matéria e do sentido material, e enquanto outros podiam ver o homem como carne e sangue, a ideia de homem de Maria era a ideia de Deus sobre Si mesmo, o Cristo. O modo de consciência de Maria era a Verdade, o Cristo, e ela deu à sua verdadeira concepção do homem um nascimento visível.
Em razão da concepção divina de Maria e sua prova visível, ela entendeu claramente que em todas as instâncias, fosse pecado, doença ou morte, Cristo Jesus deveria dar ao mundo a prova da supremacia do Espírito, Mente, sobre a matéria ou mente mortal. Esta era a missão de Jesus no mundo. E esta também é a nossa missão, como Cientistas Cristãos, no mundo de hoje. Nós também devemos dar provas da supremacia do Espírito ou Mente sobre a matéria ou mente mortal. E fazemos isso porque entendemos que a ideia divina é o homem, o Cristo, e não uma personalidade.
Maria na Festa de Casamento
“Houve um casamento em Caná da Galileia; e Maria, a mãe de Jesus, estava lá.” (João 2:1) Foi nesta festa de casamento que Maria exigiu de Jesus que ele desse prova ou evidência do poder do Espírito ou Mente sobre a matéria ou mente mortal. Maria disse a Jesus: “Eles não têm vinho;” para o senso deles, eles tinham usado todo o seu vinho, seu suprimento de vinho estava esgotado. De fato, Maria percebeu que eles não tinham vinho, isto é, nenhuma inspiração; eles não tinham entendimento com o qual perceber que o fato subjacente de todas as coisas visíveis é inesgotável. Maria exigiu de Jesus que ele desse prova ou evidência desta ideia fundamental, operativa, inesgotável e divina que é o nosso Salvador de toda carência e falta.
Jesus disse à sua mãe: “A minha hora ainda não chegou.” Mas esse não era o sentido de Maria da ideia divina. Ela não havia dado prova visível do fato invisível de Deus, como Cristo Jesus? Jesus, sem dúvida, ainda tinha que ascender acima das restrições que as sugestões materiais pareciam impor a ele.
Maria sabia que deveria haver a prova humana ou evidência do Deus invisível e inesgotável ou do Bem infinito que subjaz a todas as coisas visíveis. Ela sabia que a evidência desse fato ou ideia divina deveria estar em forma concreta, tangível e visível naquela mesma hora. Ela tinha o entendimento e a fé absoluta de que Deus, a Mente, a Causa criativa, está sempre em operação e, necessariamente, deve apresentar Suas próprias ideias ou evidências. Portanto, ela podia dizer sem hesitação aos servos na festa de casamento: “Façam tudo o que ele lhes disser.”
Jesus sabia que uma ideia divina ou fato espiritual e inesgotável estava subjacente ao sentido humano da água e, por causa desse entendimento, ele transformou o sentido humano da água, de acordo com a percepção sensorial, em vinho; isto é, ele transformou o sentido limitado em um sentido inesgotável, e o sentido humano dos convidados foi satisfeito. Qualquer sentido humano de necessidade é suprido pela ideia divina ou pelo fato espiritual inesgotável subjacente à necessidade, e esse fato ou ideia nos aparece na forma que melhor satisfaz nosso sentido humano. Há uma ideia divina ou base divina para tudo o que nos aparece humanamente.
Nesta festa de casamento, foi demonstrado para todas as pessoas ao longo dos tempos, que qualquer senso humano de necessidade é suprido pela ideia divina, ou o fato espiritual e inesgotável subjacente à necessidade, e esse fato ou ideia nos aparece na forma que melhor satisfaz nosso senso humano de necessidade, seja esse senso de necessidade saúde, lar ou negócios.
A Ciência Cristã nos ensina que quando olhamos além de todo testemunho mortal do senso, além de toda limitação, para a Mente, para o fato divino, nós o expressamos instantaneamente. Quando buscamos o fato da Mente, então a Mente se delineia como esse fato para atender à necessidade presente. Em outras palavras, o suprimento aparece espontaneamente na forma que melhor satisfaz nosso senso humano dessa realidade. Essa coincidência do fato divino e da necessidade humana é nosso Cristo Jesus que está conosco sempre. Em nossa Bíblia, lemos: “E eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.” (Mt. 28:20) Não um Salvador pessoal, mas um impessoal está conosco até o fim de todo senso de necessidade. Na festa de casamento, a Mente, a mente de Jesus, falou e foi feito. A água era vinho, em vez de água. Nem um instante interveio entre a Mente como o fato inesgotável e invisível e a evidência visível do fato.
As Ideias Devem se Tornar Tangíveis
Muitas ideias úteis e importantes aparecem em nossa consciência humana e permanecem lá como meras ideias. Falhamos em apresentar essas ideias em forma visível e tangível. Toda ideia divina correta que vem à nossa consciência humana é gerada por Deus ou Mente, e deve ser reconhecida como o Deus todo-poderoso, que por necessidade, desdobra e apresenta Seus próprios ideais e evidências humanamente, visivelmente e à mão, de acordo com o senso humano de necessidade.
Declarações da Sra. Eddy
A Sra. Eddy disse uma vez: “Afirmar o que é verdadeiro é afirmar sua possibilidade.” Ela também disse: “Ao afirmar que é verdade o que para todo raciocínio ou visão humana, parece não ser verdade, você pode fazer acontecer.”
O poder e a infinitude da Mente tornam cada afirmação da Verdade instantaneamente disponível. Quando afirmamos um fato, estamos afirmando ou reforçando a possibilidade desse fato. Ao afirmar o que é verdade, podemos fazê-lo acontecer, porque “fazê-lo acontecer” é simplesmente a cognição em nossa consciência daquilo que já é.
Que visão de sucesso e realização se desdobra em nós, quando entendemos que Deus e o homem, o Bem e Sua manifestação, são um Ser inseparável. Que certeza e segurança vêm a nós, quando avaliamos até mesmo a primeira ideia que aparece em nossa consciência, como um fato divino inesgotável, como o Deus todo-poderoso, completo, acabado, perfeito e permanente.
Mais e mais deveríamos exigir de nós mesmos, que demos provas dessas ideias fundamentais, operativas e divinas que são nosso Salvador. E à medida que colocamos essas ideias divinas para trabalhar em nossa consciência, nós também veremos a coincidência do humano com o fato divino.
A Estrela do Oriente simboliza a Ciência divina. Foi a estrela da Ciência divina que guiou os sábios ao nascimento de uma ideia mais espiritual, até mesmo a concepção imaculada da Virgem Mãe e a apresentação visível do ser real do homem. É tão necessário que deixemos a Ciência divina guiar nosso pensamento para essa ideia de Deus e do homem como um Ser inseparável, e que aceitemos e demonstremos essa ideia verdadeira em nossa vida diária. Essa ideia verdadeira de Deus e do homem como um Ser inseparável provará ser nosso Salvador de todo senso pessoal, de toda carência, idade, pecado, doença e morte.
Anjos
É notável a frequência com que ideias divinas e experiências divinas aparecem em nossa consciência humana como anjos. E com que frequência não temos consciência delas como sendo anjos. No sentido geral, pensamos nos anjos como desconectados de Deus e externos à nossa consciência. Mas na verdade ou fato, os anjos são impressões poderosas da Mente divina de bem aparecendo na consciência humana.
Os anjos são tão reais quanto qualquer outra parte da criação de Deus. É a mente carnal em nós que classificou o homem, o composto de ideias divinas ou experiência do bem, como “um pouco menor que os anjos”. No relato espiritual da criação, o homem é representado como o produto mais grandioso de Deus. Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.” (Gn 1:26) O homem não foi feito de uma ordem inferior; ele não foi feito “um pouco menor que os anjos”. O homem são as ideias divinas, ou experiências divinas, ou anjos, como Deus os criou. Essas poderosas impressões espirituais do bem que vêm à consciência humana são o homem à imagem e semelhança de Deus.
O anjo do Senhor, ou essas ideias ou experiências do bem, aparecem para nós quando nossa consciência está preparada para recebê-las. Os anjos são mensagens da Mente, impressões poderosas do bem. Eles são verdadeiramente mentais e devem ser mentalmente recebidos por nós em nossa mentalidade individual. Anjos, ideias divinas ou experiências do bem são pensamentos exaltados, verdades curativas, convicções positivas e corretas que nos aparecem como nossos seres humanos. pensamento.
Esses “visitantes angélicos” vêm até nós como uma “voz mansa e delicada dentro de nós”; eles vêm como uma grande iluminação, como um desdobramento da verdade; eles vêm como um pensamento ou convicção surpreendente, como a coisa certa a dizer ou fazer. Como regra, os anjos vêm de repente, mas de forma oportuna. Eles geralmente vêm como incitações ou como intuições restritivas. Isaías retratou o aparecimento de anjos em nossas mentalidades, quando escreveu: “Os teus ouvidos ouvirão uma palavra atrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, quando vos desviardes para a direita e quando vos desviardes para a esquerda.” (Isaías 30:21) Para aquelas mentalidades em sintonia com a Mente divina, esses visitantes angélicos, ideias divinas ou experiências são inumeráveis. Eles são os incidentes de cada hora e são o lote privilegiado de cada indivíduo. Os anjos são a essência invisível e a substância de nossas experiências visíveis. Por meio deles, o invisível parece visível na consciência humana.
Mensagens angélicas, ideias divinas ou experiências divinas são invisíveis à consciência humana, mas se tornam externalizadas de maneiras que podem ser vistas e compreendidas. O anjo Gabriel, representando o “poder de Deus”, veio invisível a Zacharius. A mentalidade do velho padre estava tão cheia da firme convicção de que “com Deus todas as coisas são possíveis”, que essa verdade se externalizou ou se tornou visível a Zacharius, como seu filho há muito desejado que mais tarde se tornou João Batista. Zacharius, cujo desejo de todo o coração era ter um filho, estava se esforçando sinceramente pela retidão; seu pensamento correto era sobre Deus e o homem como um Ser inseparável. Sua mentalidade estava em unidade com a Mente divina, e era bastante natural que o anjo ou a ideia divina da onipotência de Deus viesse como uma convicção repentina de que “com Deus todas as coisas são possíveis”.
A bondade de Deus é imparcial. Ele não retém nada de nós. Esses “anjos de Sua presença” são algo que nós, em nossa ignorância, estamos retendo de nós mesmos. Milagres não acontecem simplesmente. Quando mudamos nosso pensamento mais íntimo para concordar com “O anjo de Sua presença”, isso coloca em operação a lei espiritual, que causa a externalização daquilo que desde o início já foi concedido.
Mulher
Esta manhã, em nossa ampliação de “O Poder de uma Ideia Correta”, a ideia de Deus e do homem como um Ser inseparável, começaremos com o primeiro brilho tênue que veio à consciência humana. Este primeiro brilho tênue do poder da ideia divina, que é o Salvador da humanidade, apareceu na consciência de Eva no Jardim do Éden. E seguiremos o desdobramento na consciência humana do poder todo-poderoso desta ideia divina ou Salvador até nossa era atual, onde culminou em sua totalidade como Ciência divina ou Ciência Cristã.
O Crescimento da Ideia Divina como Retratada na História Bíblica
Nós que estamos despertos para as verdades da Ciência Cristã, sabemos que nenhuma experiência da qual somos humanamente conscientes, simplesmente acontece. O sentido da nossa experiência humana pode ser tristemente distorcido, mas, no entanto, tudo o que temos consciência está na ordem da Ciência divina.
Como tudo está na ordem divina, é bastante esclarecedor e digno de nossa consideração que os sete desdobramentos sucessivos e mais completos do Cristo, a ideia divina, ou nosso Salvador, foram tornados visíveis ao mundo, por meio de sete mulheres retratadas nas Escrituras.
Essas sete mulheres que desdobraram o Cristo na consciência humana foram:
Primeira: Eva, chamada de “mãe de todos os viventes”. (Gn 3:20)
Segunda: Sara, chamada de “mãe das nações”. (Gn 17:16) Sara era a mãe de Isaque, um filho da promessa.
Terceira: Miriam, uma profetisa, que no Mar Vermelho, cantou a canção de triunfo pela supremacia do Espírito sobre a matéria e o mal. (Êx 15:20, 21)
Quarta: Débora, chamada de “mãe em Israel”. Uma profetisa que disse a Baraque: “Levanta-te; porque este é o dia em que o Senhor entregou Sísera em tuas mãos.” (Juízes 4:14)
Quinta: Rute, a gentil respigadora, que disse: “Teu povo será o meu povo, e teu Deus, o meu Deus.” (Rute 1:16)
Sexta: A Virgem Maria, que disse de si mesma: “Pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada.” (Lucas 1:48)
Sétima: A mulher no Apocalipse. Sem dúvida, a mulher no Apocalipse é tipificada por Mary Baker Eddy, que deu ao mundo o Cristo impessoal e universal na Ciência divina. (Apocalipse 12)
O Cristo, ou ideia divina de Deus e do homem como um Ser inseparável, só poderia vir através da mulher, só poderia vir através do reconhecimento receptivo da mulher da Paternidade de Deus e da filiação bíblica do homem. A palavra “mulher”, como é usada nas Escrituras, representa um tipo de consciência.
Hoje, ao falar dessas sete mulheres, erraríamos completamente o alvo se pensássemos apenas em sete personalidades femininas. O termo “mulher”, como usado nas Escrituras, se refere a modos de discernimento espiritual, ou a uma pureza de consciência. A alta qualidade espiritual de pensamento mantida por essas sete mulheres, foi o meio através h quais mensagens divinas de Deus foram tornadas visíveis ao mundo.
Como nosso tempo é limitado, hoje, consideraremos apenas três dessas sete mulheres por meio das quais a ideia divina ou Salvador apareceu: Eva, a Virgem Maria e a Mulher no Apocalipse, tipificada por Mary Baker Eddy.
Eva
Eva, a mulher no Jardim do Éden, prefigurou a vinda do Cristo, ou a ideia divina de Deus e do homem como um Ser inseparável que é nosso Salvador. Eva significa um começo; Eva tipifica uma aparição ou um começo de um pensamento mais justo que veio à consciência humana para libertar toda a humanidade do mal.
O primeiro vislumbre tênue de que o Cristo ou Salvador não era uma personalidade, mas era mental e espiritual em caráter, apareceu na consciência de Eva no Jardim do Éden. E, levou-nos muito tempo para discernir que nosso Cristo ou Salvador é encontrado totalmente dentro de nosso pensamento secreto, e deve ser entendido como a ideia divina de Deus e do homem como um Ser inseparável.
Com o passar do tempo, essa ideia divina do Cristo ou Salvador que primeiro apareceu a Eva, tornou-se mais clara, e finalmente tornou-se visível em forma concreta como o Menino Jesus, que cresceu na estatura espiritualmente mental do poder do Espírito, como Cristo Jesus. E, finalmente, em nossos dias, essa ideia divina do Cristo ou Salvador, esse modo de pensamento reto, se desdobrou como a compreensão impessoal da Ciência divina.
Este primeiro dia do despertar humano chegou à consciência de Eva quando ela vislumbrou vagamente a ideia divina de Deus e do homem como um Ser inseparável. E o desdobramento em nossa consciência dessa mesma ideia divina de Deus e do homem como um Ser inseparável é nosso Salvador, que eventualmente nos levará a todos ao sétimo dia de desdobramento espiritual, onde essa Unidade inseparável é totalmente compreendida, e “a serpente” ou falso senso é lançado no “lago de fogo” ou na Verdade consumidora da infinitude de Deus.
Uma Fábula Religiosa
Na história religiosa, é geralmente admitido que a mulher Eva não era uma personalidade humana. Esta narrativa do Jardim do Éden é uma alegoria bíblica ou uma grande fábula religiosa. Esta fábula e a lição que ela ensinou foram transmitidas de geração em geração, para imprimir no pensamento a distinção entre o bem e o mal, e os efeitos do bem e do mal. Esta fábula foi personificada por Adão e Eva, e a serpente no Jardim do Éden, e é uma declaração incorreta sobre Deus e Sua criação espiritual, conforme estabelecido no primeiro capítulo de Gênesis.
Modos de Consciência
O Jardim do Éden, Adão e Eva, juntamente com a serpente, todos tipificam estados ou modos de consciência. Eva era um modo de consciência no qual a ideia espiritual de Deus e Sua criação teve seu início. Quando a Verdade apareceu no pensamento de Eva, esse verdadeiro sentido espiritual permitiu que ela reconhecesse a serpente ou a mentira do sentido pessoal que ela havia aceitado como seu pensamento. Eva viu as naturezas contraditórias do bem e do mal, e discerniu a loucura de acreditar que ambos eram verdadeiros.
A inimizade da serpente contra a mulher
A inimizade da serpente contra a mulher, mencionada especificamente no primeiro e último livros da Bíblia, não implica uma discriminação radical entre homens e mulheres. Essa “inimizade” contra a mulher ou o modo espiritual de consciência, ilustra o antagonismo da mente carnal em relação à espiritualidade, seja encontrada na consciência do homem ou da mulher.
Essa “inimizade” entre a serpente, sentido pessoal, e a mulher, sentido espiritual, é o conflito inerente e irreconciliável entre a carne e o Espírito, ou entre os elementos espirituais e sensuais; ou entre a verdade e o erro na consciência humana.
A serpente, sentido pessoal, e a mulher, sentido espiritual, são modos opostos de pensamento. Do lado da serpente ou sentido pessoal estão todas as influências degradantes que impelem a humanidade para a corrupção moral e espiritual. Do lado da mulher ou sentido espiritual, é encontrada toda influência edificante e regeneradora que toca a consciência humana. É por meio do sentido espiritual ou consciência espiritualizada, tipificada pela mulher, que a humanidade encontra libertação das sutilezas da serpente ou sentido pessoal, e desperta para a verdadeira consciência de que Deus e o homem são um Ser inseparável.
A esperança nasceu no Éden
Uma esperança divina nasceu no Éden quando o pensamento humano ficou impressionado pela primeira vez com a distinção entre o bem e o mal. Essa esperança divina nasceu quando a “mulher”, o modo de pensamento correto, reconheceu as reivindicações do senso pessoal como algo que não deveria ser admitido, mas sim denunciado e dissipado.
Quando Eva descobriu que havia sido atraída para um estado de erro por meio da sutileza hipnótica chamada de “serpente”, ela reconheceu, de certa forma, a pureza e a espiritualidade da criação de Deus. E esse germe do despertar espiritual na consciência humana aumentou, e continuará a aumentar, até que desloque todo o senso do mal em cada consciência humana, e o sétimo dia ou a luz da Ciência divina se desdobre. ds em sua plenitude.
A Sra. Eddy ao falar da “mulher” diz: “A verdade, questionando o homem quanto ao seu conhecimento do erro, encontra a mulher como a primeira a confessar sua falta. Ela diz: ‘A serpente me enganou, e eu comi;’ tanto quanto dizer em humilde penitência: ‘Nem o homem nem Deus serão o pai da minha falta.’ Ela já aprendeu que o sentido corpóreo é a serpente. Portanto, ela é a primeira a abandonar a crença na origem material do homem e a discernir a criação espiritual. Isso daqui em diante permitiu que a mulher fosse a mãe de Jesus e contemplasse no sepulcro o Salvador ressuscitado, que logo manifestaria o homem imortal da criação de Deus. Isso permitiu que a mulher fosse a primeira a interpretar as Escrituras em seu verdadeiro sentido, o que revela a origem espiritual do homem.” (S&H 533:26)
A Virgem Maria
Desde o momento em que Isaías proferiu a profecia: “Ouvi agora, ó casa de Davi; O próprio Senhor vos dará um sinal: Eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e lhe chamará Emanuel.” (Is.7:13,14) Daquele exato momento ao longo dos anos, cada filha de Israel não apenas ansiava por se tornar a mãe do “Ungido”, mas pensava que era possível que ela pudesse se tornar a mãe do “Ungido”. Portanto, Maria, em comum com todas as donzelas judias de seu período, acalentava a esperança de se tornar a mãe do tão esperado libertador de Israel.
O Mundo nos dias de Maria
A história nos conta que o mundo nos tempos de Maria estava se afogando em seu pensamento materialista sujo. Roma, a cidade mais importante, havia estabelecido a adoração ao Imperador, a adoração de uma personalidade humana, como sua religião. Na província da Galileia, onde Maria vivia, havia muitas religiões e partidos políticos estabelecidos: os fariseus, os saduceus, os escribas, os advogados e os revolucionários, todos esperando a hora de atacar Roma.
A concepção mantida por esses grupos a respeito da libertação de Israel era totalmente uma concepção material. O que restava da moralidade e espiritualidade dos israelitas era, naquela época, encontrado apenas entre as pessoas comuns.
Um grupo de pensadores metafísicos
E a história sagrada nos conta que nesta província da Galileia, e entre as pessoas comuns, havia um pequeno grupo de pensadores metafísicos. Bem no meio desse denso pensamento materialista da classe alta, estava esse pequeno grupo, esse remanescente de Israel que praticava religião pura e imaculada. Eles ensinavam e praticavam os mais belos preceitos morais. Na verdade, eles estavam cheios de luz naquela noite negra do materialismo. Muitas das melhores produções literárias mais próximas do advento de Jesus foram escritas na Galileia por esses pensadores religiosos.
Esse pequeno remanescente de Israel não foi desencorajado pela libertação de Israel. Sua fé em Deus não foi abalada pelas devastações sangrentas de Roma. Eles adoravam o verdadeiro Deus de todas as religiões daquela época; ninguém se aproximou da religião hebraica em pureza de doutrina ou limpeza de vida, como demonstrado por este pequeno grupo de metafísicos.
Libertador de Israel
A maior parte desta província da Galileia, os fariseus, os saduceus, os escribas, os advogados e os revolucionários, todos buscavam um libertador materialista para salvá-los do imperador romano. Mas este remanescente de Israel, este grupo de metafísicos, buscava um libertador que purificasse seu povo. Eles perceberam que os infortúnios de Israel eram o resultado de seu pensamento falso e injusto. Portanto, este pequeno grupo buscava um Rei espiritual que libertasse Israel de seu modo de pensamento materialista.
De acordo com a profecia, seu Libertador deve pertencer à mais alta ordem do Ser. Ele seria chamado Maravilhoso, Conselheiro, o Deus Poderoso, o Pai Eterno, e Ele nasceria de uma virgem da família de Davi. (Is. 9:6) Sua missão seria a salvação de Seu povo e de toda a humanidade. (Is. 49:6) A Ele seria dado domínio eterno, glória e um reino, e todas as pessoas O serviriam. (Dan. 7:14)
Para o hebreu, sua crença na profecia estava totalmente além da interpretação do homem. Suas crenças estavam profundamente arraigadas em seu pensamento. Elas foram profetizadas por patriarcas e profetas, e transmitidas como leis espirituais e mentais fixas do pensamento. Para os hebreus, a profecia era um fato fixo. E, também, eles demonstraram tantas experiências surpreendentes, que estavam confiantes de que uma libertação espiritual também seria sua experiência.
Como essa profecia era uma lei fixa para esse pequeno remanescente de Israel, eles se prepararam para o prometido libertador que viria. Eles purificaram seus pensamentos e fizeram muitas demonstrações maravilhosas que logicamente seguiram seu pensamento espiritual.
Este pequeno grupo sabia por experiência real que a lei espiritual posta em movimento pelo pensamento purificado e espiritualizado era muito mais eficaz do que forçar uma questão política por meio de agressão material ou vontade humana.
A Visão de Maria do Libertador de Israel
Maria pertencia a esse grupo. Então, naturalmente, sua visão do Libertador ou Salvador de Israel rael estava longe de ser um mero restaurador político que estabeleceria em esplendor material o antigo trono de Davi. Maria sabia que esse Libertador ou Salvador de Israel, que era esperado não apenas por Israel, mas por todo o mundo, deveria ser alguém que demonstraria Israel; isto é, alguém que apresentaria o homem real à imagem do Espírito. Maria percebeu que nada menos que uma concepção imaculada ou uma profunda pureza de pensamento poderia trazer à forma humana visível um Ser que, para a tarefa diante dele, deveria ser espiritualmente dotado, como nenhum ser humano jamais havia sido dotado antes.
Preparação de Maria
Maria era profundamente religiosa, uma mulher de caráter forte e superinteligência. Ela estava longe do tipo de “videira apegada” ao qual tantos ignorantemente a atribuíram. É interessante e maravilhoso aprender como Maria, dentro de si mesma, se preparou para a vinda do Salvador. Ela estava familiarizada com as Escrituras e sabia que uma concepção imaculada não aconteceria simplesmente. Ela sabia que uma concepção imaculada poderia ocorrer somente se a pureza do pensamento da virgem fosse suficientemente demonstrada.
Maria sabia que o anjo do Senhor, a ideia divina, a realidade do Ser, poderia vir à consciência humana da virgem em demonstração visível concreta somente quando essa consciência estivesse preparada e pronta tanto mental quanto espiritualmente. Ela conhecia e entendia a lei espiritual que fazia fatos espirituais invisíveis se tornarem humana e materialmente visíveis para a humanidade.
Maria estava familiarizada com os milagres dos antigos patriarcas e profetas. Ela entendia claramente por que a sarça ardente não foi consumida. (Êx. 3:2) Ela entendia, em certa medida, como “Enoque andou com Deus: e ele não foi mais; porque Deus o tomou.” (Gn. 5:24) Ela sabia por que o pote de óleo não falhou. (II Reis 4) Ela sabia como a própria mente de Eliseu podia dizer: “Assim diz o Senhor: Eles comerão, e sobejará.” (II Reis 4:43) Ela sem dúvida entendia como e por que o templo foi reconstruído pelo Rei Ciro. (Esdras) Como e por que houve a reconstrução do muro em Jerusalém sob Neemias.
Maria sem dúvida orou e cantou os cânticos de Davi. Para ela, os Salmos eram a mesma fonte de conforto e consolação que têm sido para cristãos e judeus, ao longo dos tempos. Maria conhecia e entendia a demonstração de Zacarias e Isabel, e ela tinha visto muitas outras demonstrações de importância espiritual transformadas em expressão visível concreta.
Maria sabia que com Deus, sua própria mente, todas as coisas eram possíveis. Ela sabia que em todas essas experiências, o poder de Deus ou da Mente chegava à consciência humana como impressões poderosas do Bem, e então essas impressões espirituais mentais eram externalizadas para a humanidade em formas visíveis concretas.
Coisas e Eventos Não Acontecem Simplesmente
Maria sabia que todas as coisas, circunstâncias, condições e eventos não acontecem simplesmente. Ela entendia claramente que qualquer pensamento mantido na mentalidade tende a se expressar ou externalizar em forma externa ou visível. Portanto, Maria acreditava firmemente que o anseio e a fé inabalável na vinda certa do libertador de Israel, em algum momento se tornariam externalizados.
Maria sabia que se ela, uma virgem, se tornasse a mãe do Salvador, essa demonstração só poderia ser feita por meio de sua compreensão espiritual da Paternidade de Deus. Sua demonstração feita, então, de fato, Deus seria o Pai de seu filho, e seu filho seria verdadeiramente o Filho de Deus.
A Anunciação
A anunciação, conforme registrada por Lucas, foi o anúncio de Maria para si mesma, e para aqueles que buscavam o libertador de Israel, de que ela seria a mãe do Salvador, que salvaria, não apenas Israel daquele dia, mas todas as gerações vindouras. Esta anunciação representa o próprio raciocínio de Maria; sua comunhão com o anjo, era sua comunhão com seu próprio eu interior. Em um sentido mais amplo, sua anunciação era sua comunhão com Deus, sua própria mente. Este, de fato, era o poder e a operação da ideia divina na consciência humana.
Nesta anunciação, Maria disse: “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Pois atentou na humildade da sua serva; pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada. Porque o Poderoso me fez grandes coisas; e santo é o seu nome. E a sua misericórdia estende-se de geração em geração sobre os que o temem.” (Lucas 1:46-50) Esta anunciação da Virgem Maria é o maior poema da literatura hebraica. Eu diria que é o maior poema que já foi escrito.
Maria chamou seu filho de Jesus
Como Maria, ela mesma, era de linhagem real, ela sabia que Deus daria a seu filho o trono de Davi. Maria chamou seu filho de “Jesus”, porque Jesus era sinônimo de Josué, um líder renomado em Israel, e o filho de Maria seria de fato um líder. O nome Jesus também vem da forma grega de Je-hosh-us, que significa Jeová, o curador. E por que Maria não deveria atribuir ao seu filho aquelas qualidades que na história sagrada foram prometidas ao Filho de Deus? Quando o anjo, aquela poderosa impressão do bem, apareceu a Maria e disse a ela: “O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus”, Maria respondeu a esse anjo, dizendo: “Seja em mim segundo a tua palavra.” (Lucas 1:35, 38)
A falsa teologia fez o mundo acreditar que essa declaração feita por Maria ao anjo foi feita em um espírito de mera resignação piedosa de sua parte, e que Maria teve pouco ou pelo menos muito pouco a ver com dar um Salvador ao mundo. Mas, uma vez que “A Chave das Escrituras” desbloqueou para nós a “Ciência da Mente”, a declaração de Maria, “Seja em mim segundo a tua palavra”, revela o pensamento de Maria como estando em um plano elevado de poder e realização espiritual. Essa declaração foi uma afirmação confiante de que nada, nem mesmo o nascimento do libertador de Israel, era impossível para Deus. Suas palavras eram o reconhecimento da lei espiritual.
Uma Lei Fundamental na Ciência Cristã
Uma lei fundamental na Ciência Cristã nos foi revelada. Esta lei é que as coisas não acontecem meramente. O pensamento mantido persistentemente dentro de nossa mentalidade tende à externalização de si mesmo em formas externas e visíveis. O pensamento de toda a nação hebraica, um pensamento nascido no Jardim do Éden, recuou de Jesus, o Salvador, e o forçou a aparecer.
O estado de espírito da Virgem Maria era o Deus poderoso, a lei da Ciência divina. Esta lei, posta em movimento na consciência de Maria, nos deu um Salvador que nos salva de todo pecado, doença, idade, carência, guerra e morte. Esta lei, ativa na consciência de Maria, deu prova visível de que o Pai do homem não era uma personalidade material, mas um Princípio todo-criativo, conhecido por Israel como seu Deus.
Resumo
Vamos rever alguns dos pontos vitais desta lição. Primeiro: A ideia divina ou fato espiritual, mantido persistentemente dentro da mentalidade, se externalizará em formas externas e visíveis.
Segundo: A ideia divina, quando corretamente entendida como o Deus Poderoso ou como o Bem ativo, poderoso e consciente, contém em si o poder de se demonstrar.
Terceiro: As coisas não acontecem meramente. Há uma base divina para cada coisa, circunstância, condição e evento humano.
Quarto: É a lei espiritual, ativa na consciência humana, que faz com que os fatos espirituais se tornem humana e materialmente visíveis para a humanidade.
Quinto: A ideia divina ou Salvador virá à nossa consciência humana em demonstração visível concreta somente quando nossa consciência estiver preparada e pronta tanto mental quanto espiritualmente.
A Mulher no Apocalipse
Por meio de “A Mulher no Apocalipse”, São João, o Revelador, retrata uma visão maior, uma luz mais brilhante de compreensão, um processo de pensamento espiritual mais elevado, do que foi retratado até mesmo pelo pensamento espiritualizado da Virgem Maria.
Jeremias, em seus dias, profetizou sobre o pensamento espiritual que viria. Ele disse: “O Senhor criou uma coisa nova na terra: Uma mulher cercará um homem.” (Jeremias 31:22) Com isso, ele quis dizer que o pensamento inspirado da mulher finalmente compreenderia a maravilha completa do homem de Deus e demonstraria esse homem real na consciência humana.
E Jesus, em seus dias, profetizou que o pensamento espiritual, ou uma compreensão mais elevada da ideia divina, apareceria na consciência humana como o “Consolador.” Ele disse: “Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; o Espírito da verdade, porque ele habita convosco e estará em vós.” (João 14:16, 17) E a Sra. Eddy, em seus dias, nos esclarece ainda mais dizendo: “Este Consolador, eu entendo ser a Ciência divina.”
Visão Apocalíptica de João
A visão apocalíptica de São João completa a bela imagem do lugar da mulher na profecia. Esta visão completa o sétimo dia de desdobramento do pensamento espiritual. Para São João, “Viu-se um grande sinal no céu; uma mulher vestida do sol, e a lua debaixo dos seus pés, e sobre a sua cabeça uma coroa de doze estrelas: E deu à luz um filho homem, que há de reger todas as nações com vara de ferro; e eis que um grande dragão vermelho se pôs diante da mulher para lhe devorar o filho. E foram dadas à mulher duas asas de uma grande águia, para que voasse para o deserto, onde é sustentada por um tempo, e o grande dragão foi expulso.” (Ap. 12)
Nesta visão, São João apresenta o pensamento espiritual tipificado como “uma mulher vestida do sol.” Esta ideia divina ou pensamento espiritual tipificado pela mulher, é retratado como radiante com a luz do entendimento espiritual, com matéria sob seus pés, e coroado com um diadema de vitória. Essa ideia divina ou pensamento espiritual tipificado pela mulher, aparece nessa visão apocalíptica na plenitude da compreensão espiritual.
Nesta visão, a mulher deu à luz um filho homem. A mulher, retratada como a plenitude da compreensão espiritual, deu à luz a Ciência Cristã, que deve governar todas as nações. com uma vara de ferro. O erro, tipificado pelo grande dragão, resiste a essa revelação. Em outras palavras, o sentido espiritual da Vida, Verdade e Amor que aparece como Ciência Cristã é confrontado pelo dragão ou serpente do sentido pessoal.
Mas a consciência divinamente iluminada ou pensamento feminino recebe duas asas de uma grande águia; ela recebe a compreensão da oniação da Vida consciente, com a qual ela voa para o deserto. E a Sra. Eddy define “deserto” como “o vestíbulo no qual um sentido material das coisas desaparece, e o sentido espiritual revela os grandes fatos da existência.” (S&H 597:17)
A Sra. Eddy fala dessa mulher em nosso livro didático. Ela diz: “A mulher no Apocalipse simboliza o homem genérico, a ideia espiritual de Deus; ela ilustra a coincidência de Deus e o homem como o Princípio divino e a ideia divina.” (S&H 561:22)
A Demonstração Completa
Mais uma vez, a mulher tipificada como pensamento espiritual aparece na visão apocalíptica de João. Desta vez, ela é vista em uma grande montanha alta como “a noiva”, “a esposa do Cordeiro”. A esposa do Cordeiro é a palavra de Deus, entendida e demonstrada. A esposa do Cordeiro é a Ciência Cristã que explica, apresenta e demonstra o método de cura de Cristo.
É por meio da aplicação na consciência individual da Ciência Cristã, este Consolador dado a nós por Jesus, que as obras feitas por Cristo Jesus são repetidas. “Os cegos recebem a vista, e os coxos andam, os leprosos são purificados, e os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres é pregado o evangelho.” (Mt. 11:5)
Mary Baker Eddy
Vamos agora considerar nossa amada Líder, Mary Baker Eddy. Sem dúvida, Mary Baker Eddy tipifica a mulher no Apocalipse. Isto é, a Sra. Eddy tipifica ou incorpora todas as características do pensamento da mulher pura que foi retratado na visão de St. John. Mary Baker Eddy mostrou, ou prefigurou, ou exemplificou a consciência espiritual retratada naquela grande visão, e apresentou essa consciência espiritual ao mundo em forma visível concreta como Ciência divina.
Mary Baker Eddy representa algo muito maior do que uma boa personalidade ou um grande ser humano. Quando corretamente estimada, ela representa a revelação completa de Cristo na consciência humana. Ela representa a consciência egoísta, o Cristo revelado.
A Virgem Maria percebeu o Cristo e apresentou o Cristo ao mundo por meio de Jesus. Mas isso não foi o suficiente. Mais um passo deve ser dado. Uma regra positiva deve ser dada à humanidade por meio da qual toda a humanidade poderia demonstrar o Cristo.
“Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras”, dada ao mundo por meio da percepção de Cristo por Mary Baker Eddy, explica a Ciência divina ou o Consolador profetizado por Jesus, e está conduzindo a humanidade a toda a Verdade. A Sra. Eddy recebeu a Verdade Crística em sua consciência e então nos deu a Verdade Crística em seus escritos. Nada mais é necessário para nos guiar a toda a verdade. Buscamos a Sra. Eddy em seus escritos onde o Cristo revelado pode ser encontrado.
Volume da Verdade
São João em seu Apocalipse nos diz: “E vi outro anjo poderoso descer do céu, e ele tinha em sua mão um livrinho aberto.” (Ap. 10:1, 2) A Sra. Eddy nos diz que este “pequeno livro” na mão do anjo e Ciência e Saúde são uma e a mesma coisa. Ela se refere a este pequeno livro em nosso livro didático, onde o nomeou “volume da Verdade.”
A verdade que temos hoje é a mesma verdade que se desdobrou no Jardim do Éden na consciência de
Eva. Ela apareceu em um grau muito mais completo no pensamento espiritual da Virgem Mãe. E esta mesma verdade veio a nós como uma Ciência plena, completa e divina através da pureza de nosso amado Líder.
As coisas não acontecem simplesmente
Esta revelação da Ciência divina, dada ao mundo por Mary Baker Eddy, não aconteceu simplesmente; como a Virgem Mãe, Mary Baker Eddy se preparou para esta missão divina. Ela nos conta em nosso livro didático que “conquistei meu caminho para conclusões absolutas por meio da revelação divina, razão e demonstração.” (S&H 109:20)
A Sra. Eddy passou três anos estudando a Bíblia. Após este estudo intensivo das Escrituras, a fim de descobrir e entender a lei espiritual, ela colocou suas descobertas em um teste severo, curando os doentes e pecadores, e ressuscitando os moribundos para a vida e a saúde. Após esta preparação intensiva, que abrangeu um período de anos, ela publicou “Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras”, que resistirá ao teste das eras. “Ciência e Saúde” é a revelação da Sra. Eddy da lei espiritual comprovável.
Por meio da leitura de “Ciência e Saúde”, milhares e milhares foram curados de doenças e pecados e foram capacitados a viver vidas felizes e úteis. É de se admirar que os Cientistas Cristãos amem e reverenciem sua Líder? É de se admirar que sejamos profundamente gratos a ela pela revelação da Ciência divina?
A Sra. Eddy cumpriu a profecia bíblica. Nesta era, ela nos trouxe a t significado do pensamento da mulher na Visão Apocalíptica de São João. Este pensamento da mulher é Ciência divina e a Sra. Eddy fala deste pensamento da mulher ou consciência pura como “A ideia imortal da Verdade está varrendo os séculos, reunindo sob suas asas os doentes e pecadores.” (S&H 55:15, 16)
Cristianismo Operacional Prático
Hoje, há uma crise mundial na religião. Muitos pensadores profundos consideram nossas religiões há muito estabelecidas como desprovidas de poder espiritual. Eles acham que muitas igrejas devem ser classificadas como o anjo classificou a igreja dos laodicenses, quando disse: “Porque és morno, vomitar-te-ei da minha boca. Porque dizes: Estou rico, e enriquecido, e de nada preciso; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu.” (Ap 3:16, 17)
Pessoas pensantes percebem que precisamos de mais do que medo ou força, ou mesmo boa vontade baseada em melhores negócios, para salvar o mundo do pós-guerra. Elas acreditam firmemente que uma religião baseada no cristianismo prático é a única esperança de civilização. Pessoas cristãs que estão despertas para esta crise mundial na religião, estão clamando por um cristianismo operativo; por salvação prática ativa; por uma fé viva; por uma compreensão mais profunda de Deus e de si mesmas. Elas estão clamando por teologia divina que foi manifestada por meio de Cristo Jesus.
Estamos despertas para o fato de que multidões virão à Ciência Cristã em busca de ajuda no final desta grande luta mundial? Por que elas virão? Elas virão por causa da promessa completa de que encontrarão cura e restauração da mente e do corpo. E quando o teste para o cumprimento desta promessa vier, que não se diga dos Cientistas Cristãos que: “Foste pesado na balança e foste achado em falta”. (Daniel 5:27)
O Propósito de Vida Definido da Sra. Eddy
A Sra. Eddy registra seu propósito de vida. Ela diz: “Meu propósito de vida é impressionar a humanidade com o reconhecimento genuíno da Ciência Cristã prática e operante”. E ela ainda nos diz: “beba comigo as águas vivas do espírito do meu propósito de vida”. (Ver Mis. 207:3-4)
Não havia dúvida na mente da Sra. Eddy de que ela tinha um propósito definido na vida a cumprir, e qual era esse propósito definido. Não importa o que os outros pudessem fazer, esse propósito divino estava definitivamente fixado e estabelecido em seu pensamento, e ela sabia que deveria seguir essa direção definida na vida para cumprir seu propósito divino e dar à humanidade uma prova visível de uma Ciência prática e operante quando aplicada aos assuntos humanos.
Quando reconhecemos a magnitude de seu propósito, os resultados de longo alcance do cumprimento desse propósito; o que significou em nossa vida ter uma Ciência infalível e sempre operante para aplicar aos nossos assuntos humanos; e quando percebemos que um desdobramento ainda maior virá para as gerações futuras; podemos muito bem nos maravilhar e expressar nossa gratidão por esta bênção que nos apareceu em nosso mundo.
O Propósito de Vida Definido de Jesus
Jesus também estava profundamente ciente de que tinha um propósito definido na vida a cumprir. Em resposta à pergunta de Pilatos, ele disse: “Para isso nasci, e para isso vim ao mundo, para dar testemunho da verdade.” (João 18:37)
Tanto Jesus quanto a Sra. Eddy tinham um senso claro do significado de sua chamada experiência humana. Eles reconheceram que ninguém jamais nasceu fora do devido tempo. Eles sabiam que tinham um propósito definido a cumprir, e sabiam que tinham o poder e a inteligência de Deus para cumprir esse propósito.
Nosso Propósito de Vida Definido
Estamos nós, como Cientistas Cristãos, despertos para o fato de que também temos um propósito de vida definido? E estamos seguindo uma direção definida na vida para cumprir esse propósito divino? Hoje, como nunca antes, precisamos reconhecer o significado e o valor da existência de cada indivíduo assim chamado. Devemos observar, e não ficar hipnotizados com a aparente falta de valor que é colocada no indivíduo nesta hora presente. Não devemos simplesmente fechar os olhos e permitir que nosso pensamento fique adormecido em relação a essa falta de apreciação pela existência humana.
Vamos ter em mente que não há nada externo à nossa própria consciência. Nossa própria mente vê e sente seu próprio pensamento projetado. Nossa própria mente não vê ou sente outro fora de si, ou diferente de si mesma ou diferente de si mesma. Quando vemos outro, estamos vendo a nós mesmos. Vemos e sentimos apenas o conteúdo de nossa própria mente. São Paulo, falando aos romanos, disse: “Naquilo em que julgas a outro, condenas a ti mesmo; pois tu, que julgas, fazes as mesmas coisas.” (Romanos 2:1)
Para cumprir nosso propósito definido e ser uma testemunha visível da Verdade, devemos estar profundamente cientes de nossa atual existência individual em seus aspectos espirituais mais elevados. Devemos ser pensadores profundos, devemos visionar dias mais felizes para a família humana. Devemos provar que uma vida prática abundante é a única Vida eterna à mão. Devemos participar e nos alegrar n, o cumprimento atual desta presente dispensação libertadora, a dispensação da vinda do Filho do homem, que é a Realidade de todas as coisas sendo tornadas visíveis na consciência humana.
Como Cientistas Cristãos individuais, precisamos de um amor maior por Deus e um amor maior pelo homem em nossos corações, para que nosso sublime propósito de vida possa ser levado a efeito. Cada um de nós tem uma tarefa sublime a realizar. Devemos viver e amar de tal forma que Deus ou a Verdade se torne compreensível para nós, e que possamos ouvir Sua voz dizendo: “Este é o caminho, andai nele.” (Is. 30:21)
Devemos Impressionar a Humanidade com Ciência Operativa
O que significa impressionar a humanidade com a Ciência Cristã operativa prática? A palavra “prática” significa aquilo que está disponível, utilizável ou valioso quando em operação. A palavra “operativa” significa a qualidade da ação. Significa ter o poder de ação interior, que produzirá resultados. “O termo Ciência Cristã se relaciona especialmente com a Ciência aplicada à humanidade.” (S&H 127:15, 16) Então, “Ciência Cristã prática e operativa” significa uma Ciência que está disponível para a consciência humana e é ativa na produção de resultados, quando aplicada de forma prática e inteligente aos assuntos humanos.
Jesus Impressionou a Humanidade com Resultados Práticos
Jesus, como o reflexo ou evidência da Mente, não tinha nenhuma ação, habilidade ou poder não derivado de Deus. Sua ação, habilidade, poder eram a ação, habilidade e poder de Deus sempre operantes como resultados práticos. Jesus transmitiu e impressionou a humanidade de forma prática ao longo de suas experiências cotidianas, com o que o Pai-Mente revelou de Si mesma a ele. Ele curou os doentes, alimentou a multidão faminta, abriu os olhos dos cegos, desobstruiu os ouvidos surdos, forneceu o dinheiro dos impostos e ressuscitou os mortos. Certamente, tais feitos foram os resultados ativos e práticos de sua teologia divina dentro de si mesmo.
A Sra. Eddy também impressionou a humanidade com resultados práticos
A Sra. Eddy, também, como reflexo ou evidência da Mente, não tinha ação, habilidade ou poder não derivado de Deus. Foi a ação, habilidade e poder de Deus que impressionou a Sra. Eddy de forma prática com o que o Pai-Mente revelou de Si mesmo a ela como Ciência Cristã. E ela demonstrou essa Ciência por meio de sua vida e experiências diárias, curando os doentes, ressuscitando os mortos e comprometendo-se com as páginas de um livro, sua sublime descoberta. Isso, de fato, estava impressionando a humanidade com uma Ciência Cristã prática e operante.
Cada indivíduo deve impressionar a humanidade com resultados práticos
Então, cada um aqui hoje, como reflexo ou evidência da Mente, não tem ação ou poder não derivado de Deus. Nós somos a ação, habilidade e poder que Deus está sendo em manifestação, e essa ação, habilidade e poder que Deus está sendo em manifestação está sempre operando na produção de resultados.
Deve ser nosso propósito transmitir e impressionar a humanidade com o que nossa Mente-Pai revelou de Si mesma para nós da Ciência divina, e demonstrar essa Ciência em nossas vidas e experiências diárias. Temos a habilidade e o poder de Deus para impressionar a humanidade com o que a razão, revelação e demonstração divinas nos deram.
Não importa quão circunscrita nossa esfera na vida possa ser, temos dentro de nós uma direção definida a seguir e um propósito de vida a cumprir.
Nunca houve um momento na história da Ciência Cristã, quando os Cientistas Cristãos precisassem ouvir tão claramente a voz interior da Verdade, e saber que não há nada externo ou fora de sua própria consciência. Dentro de nosso eu individual está o campo de batalha, e lá também se encontra a vitória. Precisamos vigiar nosso pensamento para que ele não se confunda com as questões do dia. Precisamos ser espiritualmente perspicazes e alertas em nosso pensamento. Precisamos ser “imperturbáveis em meio ao testemunho chocante dos sentidos materiais” e provar que “a Ciência (ainda está) entronizada”. (S&H 306:25, 26)
A Profecia de Jesus
Nesta hora, a humanidade está no limiar de uma reviravolta mental, uma reviravolta sem paralelo na história humana. Jesus profetizou esta hora. Ele disse que haveria “sobre a terra angústia das nações, com perplexidade”. (Lucas 21:25) Então seguiu sua profecia de encorajamento e esperança nestas palavras: “E então verão o Filho do homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. E então enviará os seus anjos, e reunirá os seus eleitos desde os quatro ventos, desde a extremidade da terra até a extremidade do céu”. (Marcos 13:26, 27)
A Vinda do Filho do Homem
Esta profecia de Cristo Jesus, interpretada de acordo com a Ciência Cristã, significa muito mais do que é visto na superfície. O que é a vinda do Filho do homem?
O Filho do homem não é uma pessoa, mas é a expressão da Mente-Deus em sua totalidade de vida, substância e inteligência. Essas expressões de vida, substância e inteligência, aparecendo no sentido mais alto compreensível à consciência humana, são a VINDA DO FILHO DO HOMEM.
A profecia diz: “Então ll ele enviará seus anjos.” Isso significa que Deus ou Mente enviará Suas mensagens, Suas poderosas impressões mentais e espirituais, aos corações dos homens neste momento; assim como Ele fez aos patriarcas e profetas, a Zacharius, a Maria, ao Revelador e a Mary Baker Eddy, se estivermos preparados para recebê-los e desejar essas mensagens salvadoras como eles fizeram.
Esses anjos são a Mente Divina tornada compreensível, prática e visível na consciência humana deste dia. Quem pode duvidar que muitos são os anjos salvadores que vêm aos homens nos campos de batalha, no mar, no ar, bem como ao homem de negócios e à esposa ou mãe em casa, quando eles, em seu pensamento, alcançam Deus ou a Verdade como seu único libertador.
Seus Eleitos
A profecia diz: “Ele reunirá seus eleitos dos quatro ventos, da extremidade da terra até a extremidade do céu.” Os eleitos de Deus não são pessoas, não são santos, nem mesmo aqueles que se classificam como Cientistas Cristãos. Não. “Os eleitos” são as revelações de Deus sobre Si mesmo, revelações de Sua vida, Sua substância, Sua inteligência, aparecendo em nossas experiências individuais. Vida, substância e inteligência são qualidades ou revelações essenciais de Deus, e são Seus eleitos.
Deus ou Mente se revela em Sua qualidade essencial de vida, que dá a Deus, ao homem e a tudo no universo, o senso de existência eterna. Deus ou Mente se revela em Sua qualidade essencial de substância indestrutível, que dá a Deus, ao homem e a tudo no universo o senso eterno de dimensão ou senso de preenchimento de espaço. Deus ou Mente se revela em Sua qualidade essencial de inteligência, que dá a Deus, ao homem e a tudo no universo as qualidades conscientes de sentir, conhecer e ser.
Neste momento, os eleitos de Deus, a vida consciente, a substância consciente e a inteligência consciente, como são em sua realidade, estão aparecendo em graus mais plenos e claros em nossas experiências humanas. Essas operações espirituais e onipotentes de Deus ou Mente, tipificadas pelos quatro ventos, são a compreensão espiritual que está chegando à consciência humana. Essa compreensão espiritual está chegando universalmente e praticamente e é a vinda do FILHO DO HOMEM.
Onde quer que essas operações espirituais e onipotentes de Deus apareçam na consciência humana, mesmo que em um grau limitado, ou nas partes mais remotas da terra, ali mesmo, naquele lugar, Deus ou Mente está reunindo em unidade, Seus eleitos, Suas infinitas qualidades de vida, substância e inteligência como elas são na realidade, e Ele as está elevando às partes mais remotas do céu, ou está elevando essas qualidades na consciência humana ao seu mais alto grau de realidade.
Estamos, sob quaisquer circunstâncias em que nos encontremos, olhando para dentro? Estamos deixando a compreensão divina reinar e ser TUDO? Estamos compreendendo e experimentando a Vida eterna, concretamente? Estamos experimentando a substância de Deus, que é livre de discórdia e decadência? Nossa inteligência é a consciência pura de Deus, sem restrições e limitações? Se nós, como Cientistas Cristãos, estamos experimentando em algum grau essas qualidades em nossa vida diária, então temos uma Ciência Cristã prática e operante.
Poder Espiritual
O poder espiritual não acontece por acaso. O poder espiritual está sempre à mão, mas ele aparece para nós apenas quando deixamos de lado o sentido material da vida.
É natural para nós, às vezes, ansiar pelos dias tranquilos do passado. E alguns Cientistas Cristãos se contentam em permanecer nos mesmos velhos sulcos mentais e metafísicos. A chamada mente mortal resiste tenazmente à agitação e à mudança. No entanto, o progresso ou desdobramentos mais elevados em qualquer campo de esforço, seja econômico, educacional ou metafísico, não são feitos sem um lançamento em modos de pensamento mais novos e mais elevados.
Pensamento preparado
Para ganhar poder espiritual e cumprir nosso propósito divino na vida, devemos preparar nosso pensamento. Devemos educar a mente mortal para fora de si mesma, trazendo todo pensamento errado em nossa mentalidade para o cativeiro, para a obediência à Verdade Crística.
A Sra. Eddy passou muitos anos estudando e curando doenças incuráveis antes de dar ao mundo “Ciência e Saúde”. Tanto a Sra. Eddy quanto Jesus aprenderam a fazer fazendo, e aprenderam a ser sendo.
A Sra. Eddy estabelece requisitos inescapáveis pelos quais preparamos nosso pensamento e obtemos aquele entendimento mais elevado que nos dá poder espiritual. Ela diz: “o pensamento deve ser espiritualizado, a fim de apreender o Espírito. Ele deve se tornar honesto, altruísta e puro, a fim de ter o mínimo entendimento de Deus na Ciência divina.” (Ret. 28:9-12) Esta é uma advertência muito enfática que nós, como Cientistas Cristãos, precisamos atender.
Como Espiritualizamos o Pensamento?
Qual é o processo pelo qual o pensamento é espiritualizado? O processo é “a tradução do homem e do universo de volta ao Espírito.” (S&H 209:22) Por meio da tradução, trocamos nosso modo de pensamento material sobre o homem e o universo, e ao fazer isso, nos tornamos o fato espiritual do homem e do universo. Nosso progresso espiritual depende da tradução da matéria para a Mente. (Ver Mis. 25:12; p. 74:15)
A Sra. Eddy faz a seguinte declaração em nosso livro didático: “Os minerais compostos ou substâncias agregadas que compõem a Terra, as relações que as massas constituintes mantêm entre si, as magnitudes, distâncias e revoluções dos corpos celestes não têm importância real, quando lembramos que todos eles devem dar lugar ao fato espiritual pela tradução do homem e do universo de volta ao Espírito.” (S&H 209:16-22) Por que essas coisas não têm importância real? Porque não vemos essas coisas como elas são de fato. Vemos apenas nosso conceito material delas. A mente mortal ou a mentira classificou essas ideias espirituais como matéria ou “objetos do sentido material”, e nós, por meio da Mente imortal, devemos traduzir esses objetos do sentido material de volta aos seus originais até que os vejamos como ideias divinas.
Sejamos honestos. Quantos de nós, algumas semanas atrás, traduzimos o Monte Vesúvio e suas rochas de volta aos originais, de volta às ideias divinas, perfeitas e eternas como a Mente? Nosso livro didático diz: “rochas e montanhas representam ideias sólidas e grandiosas”. (S&H 511:24) Quantos de nós traduzimos as forças ocultas, cegas e destrutivas da matéria que estavam ligadas ao Monte Vesúvio, de volta aos seus originais, de volta às forças todo-poderosas que aderem somente ao Espírito? A chamada mente mortal diz que as forças ocultas e destrutivas ligadas ao Monte Vesúvio são as forças destrutivas ligadas ao nosso mundo hoje, e são remotas, e separadas de nós, e lá. “Lá” é sempre aqui. A chamada mente mortal que está lá, é a mesma mente mortal que está aqui. As mesmas forças destrutivas que parecem estar lá, estão aqui dentro do reino de nossa própria mente individual. Talvez o grau não seja o mesmo, mas a qualidade é a mesma.
A menos que nós, por meio de nossa própria Mente divina imortal, traduzamos essas forças aparentemente destrutivas de volta aos seus originais, de volta à onipotência, onisciência e onipresença da Mente divina, continuaremos a ver e sentir o pensamento da mente mortal objetivado. É somente por meio da tradução que perdemos o sentido material das coisas, e nosso pensamento se torna espiritual.
Até que ponto estamos traduzindo a nós mesmos, nossos corpos e seus chamados funcionamentos de volta aos seus originais, de volta às ideias divinas e funcionamentos divinos?
A mente mortal nos classificou como matéria e nos deu um sentido material do corpo e seus funcionamentos. Mas por meio da tradução, a Mente imortal nos dá os originais; nos dá o homem à imagem e semelhança de Deus; nos dá o corpo como a personificação da Mente das ideias corretas; nos dá funções como operações perpétuas da Mente para sempre eternas e harmoniosas.
Quando traduzimos os objetos do sentido material, as coisas do nosso universo, nós mesmos, nossos corpos e seus funcionamentos, em seus originais, não lidamos com nada externo ou objetivo a nós mesmos. Não. Substituímos o objeto material dos sentidos e suas operações por ideias divinas, e fazemos a substituição totalmente dentro do reino do nosso próprio pensamento. Este é o processo pelo qual nosso pensamento se torna espiritualizado, para que possamos apreender o Espírito.
A crença universal de que as ideias se tornaram coisas materiais é a mentira fundamental. O que qualquer coisa material pode parecer fazer ou ser é uma mentira sobre o fato eterno, em questão. O que é chamado de corpo material, ou montanha material, ou guerra mundial, ou negócio ruim, é um falso conceito humano de uma ideia divina em questão. É a crença de que as ideias se tornaram materiais e que o homem deve ter vida e consciência por meio da matéria. Por meio da tradução, nos libertamos dessas falsas crenças e experimentamos os fatos divinos em sua realidade.
A tradução nos dá uma nova língua
A Sra. Eddy diz que a “missão terrena de Jesus era traduzir a substância em seu significado original, Mente”. (Mis. 74:15 17) Ela também diz: “A grande dificuldade é dar a impressão correta ao traduzir termos materiais de volta para a língua espiritual original”. (S&H 115:9-11)
Para dar a impressão correta quando traduzimos termos materiais de volta para a língua espiritual original, precisamos compreender o sentido espiritual do original. Alguém de nós poderia ser afetado pela altitude, se soubéssemos que incluímos dentro de nós o fato espiritual, o único fato da altitude? A montanha, a grande e elevada ideia de Deus, não está fora de nós, ou separada de nós, mas é do composto de ideias que somos nós.
Por meio da tradução do homem e do universo visível de volta para o fato espiritual do homem e do universo, finalmente veremos e saberemos que um elefante, ou um planeta, ou um avião não é maior ou mais poderoso do que nós. Veremos todas as coisas como formas de pensamento, ou ideias, ou fatos espirituais, incluídos dentro de nós e como possuidores de todas as qualidades e atributos de Deus.
Como cientistas cristãos, devemos compreender o sentido espiritual do o riginals. Os originais espirituais só podem ser discernidos espiritualmente. A tradução nos dá um sentido inteiramente novo das coisas e nos dá uma nova linguagem. Termos antigos têm um novo significado. Este novo significado, ou novo sentido das coisas, é chamado pela Sra. Eddy de “‘nova língua’ da religião.” (Mis. 25:15)
Quando traduzimos para a nova língua, mudamos o que temos chamado de matéria ou substância material, de volta ao significado espiritual original. A Sra. Eddy diz: “‘A nova língua’ é o significado espiritual em oposição ao material. É a linguagem da Alma em vez dos sentidos; ela traduz a matéria em sua linguagem original, que é a Mente, e dá o significado espiritual em vez do material.” (Hea. 7:6-10)
Honestidade
Como dito antes, a Sra. Eddy nos adverte que nosso pensamento não deve apenas se tornar espiritualizado para apreender o Espírito, mas deve se tornar honesto, altruísta e puro para ter o mínimo de entendimento de Deus na Ciência divina. (Ver Ret. 28:9)
Enquanto ponderava sobre esta palavra “honesto”, ocorreu-me que, para ter o mínimo de entendimento de Deus na Ciência divina, devemos ser tão honestos em nosso pensamento quanto o Princípio divino é honesto. Para ser honesto, nossa confiança em coisas materiais deve ser transferida para uma percepção e dependência de coisas espirituais. Existe apenas uma honestidade. Portanto, qualquer grau de honestidade que vemos ou conhecemos humanamente deve identificar o Princípio divino.
Um senso pessoal de honestidade é sempre melhor do que desonestidade, mas a honestidade como uma virtude pessoal é meramente um senso de bondade pessoal e é desprovida do Princípio da honestidade.
Requer entendimento de nossa parte para discernir entre a honestidade como ideia de Deus e um falso senso de honestidade que é uma mentira da personalidade se esforçando para se tornar igual a Deus. Um senso pessoal de honestidade busca glorificar a pessoa, mas na Ciência Cristã, nosso único motivo para sermos honestos é glorificar a Deus. E glorificamos a Deus e manifestamos a honestidade como um poder espiritual, somente quando nosso pensamento se identifica com o Princípio divino.
Altruísta
Em seguida, para ter uma compreensão de Deus na Ciência divina, devemos ser altruístas. O que significa ser altruísta ou altruísta? Não significa uma virtude pessoal. Altruísmo é egoísmo espiritual. Para ser altruísta, pensamos em termos da Mente única, do homem único, do corpo único. Altruísmo é a ideia de Cristo amada, compreendida e vivida. Altruísmo como uma virtude pessoal inclui mentes múltiplas, vontades pessoais e desejos pessoais. Muitas vezes vemos a maternidade e a paternidade humanas demonstrando um falso senso de altruísmo. Como o homem se identifica com Deus, esse fato exclui qualquer individualidade à parte de Deus. Ver e conhecer Deus como UM e TUDO é ser altruísta ou altruísta em nosso pensamento. Quando desistimos de um senso pessoal de nós mesmos e deixamos Deus ser TUDO, então manifestamos poder espiritual.
Poder
Além disso, nosso pensamento deve ser puro para entender Deus. O pensamento puro está sempre associado à única Mente infinita e nunca à mente em um chamado corpo material. O pensamento puro não se origina com pessoas. Sua fonte e origem estão em Deus e são refletidas para sempre como o pensamento, o sentimento e o conhecimento puros do homem.
À medida que nosso pensamento se torna espiritualizado, de modo que apreende o Espírito; à medida que se torna honesto, altruísta e puro; ao grau em que entende Deus na Ciência divina, há um poder espiritual correspondente manifestado em nossa chamada existência humana, nosso chamado corpo humano e nosso chamado mundo material.
O poder espiritual é o resultado da espiritualização do nosso pensamento. As ideias de Deus não requerem nenhum processo de espiritualização. Elas já são espirituais. São apenas os conceitos humanos que precisam ser melhorados e espiritualizados por meio da tradução.
A Sra. Eddy traduziu os originais espirituais para uma linguagem que seja compreensível para nós. Da mesma forma, devemos nos esforçar para traduzir os originais de todas as ideias e qualidades que aparecem em nossa consciência, para pensamentos e linguagem que sejam compreensíveis para nós e para os outros.
Muitas vezes repetimos declarações de nosso livro didático sem nenhuma tentativa de nossa parte de traduzir nosso pensamento para eles, de volta ao Espírito ou à nova língua. É somente por meio da tradução que nossos conceitos humanos são melhorados e nosso poder espiritual é aumentado. É somente por meio da tradução que temos os sinais que se seguem.
A Teologia de Jesus
A Sra. Eddy é enfaticamente insistente que nosso pensamento deve se tornar espiritualizado; que por meio da tradução, nosso pensamento deve se tornar honesto, altruísta e puro. E ela é ainda mais insistente que todos os estudantes da Ciência Cristã devem entender a teologia de Jesus, a fim de ter os sinais que Jesus teve, por causa de sua teologia.
A Sra. Eddy diz: “A teologia da Ciência Cristã (que é a teologia que Jesus tinha) está contida no volume intitulado ‘Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras’” (Pul. 55:21-23). Ela também diz: “Foi essa teologia de Jesus que curou os doentes e pecadores. É sua teologia neste livro ook e o significado espiritual desta teologia, que cura os doentes e faz com que o perverso ‘abandone seu caminho, e o homem injusto seus pensamentos.’” (S&H 138:30-2)
A Teologia de Jesus Era Ciência Divina
A teologia de Jesus era o conhecimento científico da Verdade que ele nutria em sua consciência. Sua teologia era sua própria Mente divina, ou sua própria Inteligência divina. Sua teologia não era uma teoria, mas uma Ciência demonstrável, chamada pela Sra. Eddy, Ciência Cristã ou Ciência divina. A teologia que Jesus usou era capaz de prova e foi demonstrada por Jesus na cura dos doentes e pecadores, ressuscitando os mortos e caminhando sobre as ondas.
A Teologia de Outras Religiões
Há uma grande diferença entre a teologia de Jesus e as teologias dos muitos sistemas diferentes de religião. Religião é um termo que abrange um campo imenso, variando da fé mais primitiva até o mais alto entendimento espiritual. Mas religião em seu sentido mais amplo é a afeição e conduta expressas através do mais alto conceito humano de Deus do indivíduo. A teologia de todos os sistemas religiosos, exceto a Ciência Cristã, é baseada mais ou menos em credos e doutrinas.
Em grande medida, a teologia de todos os sistemas religiosos, exceto a Ciência Cristã, é teologia escolástica. Muito do que essas religiões sabem sobre Deus e o homem foi obtido dos seminários teológicos e sabores do intelecto e da razão humana, com base em um conceito humano de Deus e do homem. A teologia escolástica é bem diferente em sua natureza da teologia divina que foi ensinada e praticada por Jesus.
Teologia escolástica
Não devemos esquecer que a teologia escolástica fez muito pela raça humana. Qualquer crença sincera em Deus faz muito pela humanidade. A teologia escolástica da Igreja Cristã manteve vivo o Cristo, e isso por si só foi uma contribuição maravilhosa para o crescimento religioso. Mas a teologia escolástica, conforme ensinada pelas igrejas cristãs, não redime a raça humana da matéria, do pecado, da doença e da morte.
Existem mais de 200 religiões cristãs que são fundadas em credos e doutrinas, além das muitas religiões chamadas pagãs. A pergunta que é feita frequentemente é: “Todas as religiões são, em última análise, uma questão de credos, doutrinas, ritos e cerimônias?” É verdade que o significado da religião verdadeira é frequentemente perdido na multidão de interpretações impostas a ela. A palavra “religião” é geralmente identificada com moralidades menores, formas convencionais, ortodoxias técnicas, eclesiastismos, cultismos e denominacionalismos.
Religião Pura ou Cristianismo Vital
Mas a religião verdadeira ou o Cristianismo vital não é baseado em credos ou doutrinas, e não é necessariamente encontrado em catedrais elevadas. Os cristãos acreditam que o Cristianismo vital é essencial para a salvação da humanidade, e que a religião pura é a esperança da salvação. Há milhares de pessoas desejando uma religião prática, uma fé viva, uma compreensão mais profunda de Deus e do homem, e elas encontrarão isso na teologia divina de Jesus, conforme estabelecido na Bíblia e no livro didático da Ciência Cristã.
A religião pura, com todas as ideias e qualidades divinas, deve ser encontrada apenas no coração humano. Essas ideias e qualidades que constituem a religião pura são utilizadas e expressas visivelmente na arte, na ciência, na música, na literatura, na política, nos negócios e em praticamente qualquer outra coisa à qual o indivíduo possa dedicar seu pensamento.
Indivíduos verdadeiramente religiosos não estão confinados inteiramente a formas ritualísticas e teorias escolásticas, assim como não estavam no tempo de nosso Senhor. Indivíduos verdadeiramente religiosos representam ou evidenciam as ideias e qualidades de Cristo, e estão hoje reformulando todo o conceito humano para um modo de vida mais elevado. A vida de Cristo dentro do indivíduo está se tornando visível, universalmente como UMA IGREJA SANTA; como uma consciência espiritualizada.
É assim que deve ser. As igrejas cristãs, como um todo, nunca foram mais verdadeiramente religiosas em suas relações do que são hoje. Sua única necessidade é o controle e a orientação da Verdade-Cristo interior, conforme revelada pela Ciência Cristã. E a menos que muitos sinais sejam enganosos, essa luz interior de entendimento, esse Cristo impessoal interior, está irrompendo novamente em vários modos e métodos.
Redenção da Teologia Escolástica
Cada um de nós precisa ser redimido, mais e mais, da teologia escolástica. Cada um de nós tem muita teologia escolástica falsa agarrada a nós, da qual praticamente não temos consciência, embora nos classifiquemos como Cientistas Cristãos. É essa teologia escolástica que está nos impedindo de expressar ao mundo essa luz interior, esse Cristo interior, que permite “sinais seguindo”. Devemos nos examinar e ver até que ponto nosso pensamento é o ensinamento da falsa teologia.
Por exemplo: Acreditamos que já nascemos? Acreditamos que temos uma vida pessoal que vive em um corpo pessoal? Acreditamos que, como personalidade, somos pecadores e devemos ser salvo do pecado? Acreditamos que nós, como personalidade, podemos ficar doentes e morrer? Acreditamos que podemos ser pobres, miseráveis, roubados e dominados? Acreditamos no mal, na guerra, em tempestades, em naufrágios, na falta de dinheiro dos impostos? Em outras palavras, acreditamos em outro poder e presença, além do único Deus todo-poderoso? Acreditamos que nós, individualmente, somos diferentes deste único Deus todo-poderoso em expressão? Se for assim, estamos aceitando a falsa teologia como nossa religião.
A Sra. Eddy diz: “A teologia escolástica torna Deus semelhante ao homem; a Ciência Cristã (ou a teologia de Jesus) torna o homem semelhante a Deus.” (Mes.’01 7:3) Ela também diz: “A teologia popular torna Deus tributário do homem, vindo a chamado humano; enquanto o inverso é verdadeiro na Ciência.” (Un. 13:3) É bem verdade que a teologia de Jesus está hoje abalando os fundamentos credonais e doutrinários, que se acreditava serem sólidos para o tempo e a eternidade.
Nosso antigo conceito de Deus
De modo geral, podemos dizer que antes que a Ciência Cristã revelasse a teologia de Jesus, nosso conceito de Deus era “O Deus desconhecido” a quem adorávamos ignorantemente. Nosso conceito de Deus era que Ele era totalmente separado de nós e nos governava muito como uma mãe governa seu filho, recompensando-nos de acordo com a dignidade ou indignidade.
Nosso atual conceito de Deus
Mas agora, nosso conceito de Deus é grandemente ampliado. Entendemos Deus numericamente, como um Ser; como um Todo e TUDO. Pensamos em Deus como um Ser incorpóreo infinito, o único Ser, o próprio ser de cada um de nós. Pensamos em Deus como a única consciência, e sabemos que não há outra consciência. Não pensamos na Consciência como o efeito de Deus ou Mente, ou como produzido por Deus ou Mente, mas que Deus ou Mente, de fato, é Consciência e não há outra consciência. Pensamos em Deus, ou Mente, ou Consciência, como todo-inclusivo; como uma unidade inseparável e indivisível do Bem. Pensamos em Deus, ou Mente, ou Consciência como revelando-se a Si mesmo; uma vez que não há ninguém fora de Si mesmo, ou além de Si mesmo, a quem Ele possa revelar-se. Pensamos em Deus como um Ser infinito. Pensamos em Deus como Seu próprio intérprete.
Nosso antigo conceito de homem
Antes que a Ciência Cristã nos revelasse a teologia de Jesus, o homem era uma existência pessoal, material e mortal, totalmente separada de Deus. Acreditávamos que a mente e o corpo do homem podiam ser separados. Acreditávamos que o pecado, a doença e a morte eram inevitáveis.
Nosso atual conceito de homem
Mas agora, nosso conceito de homem é muito ampliado. Aprendemos que a Ciência do Ser inclui o homem. Pense na soma total de tudo o que Deus ou Mente traz à expressão, ISSO É O HOMEM. Pense na representação completa do que Deus ou Mente é mental e espiritualmente, ISSO É O HOMEM. Pense em Deus ou Mente se apresentando, infinitamente, apresentando Suas faculdades, Sua onisciência e onisciência, Suas infinitas operações e movimentos, toda energia, toda ação; o que estes são conscientemente para Ele, como Ele mesmo, ISSO É O HOMEM.
Pense em Deus ou Mente se apresentando, repetidamente, a Ele mesmo, nunca duas vezes igual; apresentando Seus sentidos espirituais, Seus infinitos elementos de forma, cor, qualidade e quantidade, ISSO É O HOMEM. Pense em Deus ou Mente se apresentando repetidamente, Sua beleza, Sua arte, Sua ordem, Sua imensidão, ISSO É O HOMEM COMO REFLEXO OU EVIDÊNCIA.
O homem representa ou evidencia, infinita e conscientemente, tudo o que Deus, sua Mente, é.
Vamos pensar no homem como a infinita Inteligência de Deus ou Mente, como a onisciência, onipresença e onipotência de Deus. Pensemos no homem como a imanência de Deus ou Mente; como o composto de ideias infinitas que habitam em sua Causa ou Princípio divino. Pensemos no homem, a ideia composta espiritual, como a subjetividade ou a essência do que Deus é, como Ele mesmo. O que Deus ou Mente sabe que é, O HOMEM É ISSO.
Um raio de luz é o próprio brilho do sol. Então pensemos em cada um de nós aqui como o próprio brilho de Deus. Pensemos em cada um de nós como a própria consciência de Deus vivendo; como a própria consciência de Deus amando; como a própria consciência de Deus entendendo; como a própria criação consciente de Deus; como o próprio Ser consciente de Deus. O homem é a atividade consciente de Deus ou Mente. Tudo o que Deus ou Mente sente que é, é o homem em Sua imagem e semelhança.
Deus ou Mente está se apresentando neste momento, como homem, em muito maior utilidade, muito maior atividade, uma medida muito maior de abundância e sublimidade do que jamais conhecemos antes. A vida está sendo expressada cada vez mais, em sua flutuabilidade original, frescor, justiça e liberdade de restrições.
Alguém dirá, tudo isso que você diz sobre o homem é lindo, mas está muito além do que podemos demonstrar em nossa era atual. Mas, não nos esqueçamos de que Deus ou a Mente demonstra Sua própria TOTALIDADE. Todas as coisas são possíveis para Deus. Ele é um Poder consciente vivo que se demonstra. Ele se apresenta em provas ou demonstrações tangíveis e concretas como o homem e o universo.
Nossa parte, como Cientistas Cristãos, é permanecer no fato espiritual de que nós somos imagem e semelhança de Deus; que somos espirituais, não materiais; que somos, não seremos, perfeitos e imortais. Não devemos deixar que o acusador seja uma lei para nós, mas devemos ser uma lei para nós mesmos.
Deus e o Homem como Um Ser
Gostaria de repetir um parágrafo que usamos no início da lição desta manhã. Sempre que fazemos as declarações de que “Deus e o homem são um Ser inseparável” ou que “Princípio e sua ideia são um”, essas declarações podem significar muito para nós na Ciência Cristã, ou podem ser meras palavras para nós.
Essa unidade, de acordo com a teologia de Jesus, significa que o homem, como a ideia de Deus sobre Si mesmo, não pode fazer nada. Significa que Deus sozinho, sem o homem, não pode fazer nada, nem pode existir. O que quer que seja feito dentro do reino do universo espiritual, Deus sozinho sem o homem não o faz. O que quer que seja feito, qualquer que seja a circunstância ou o evento, Deus e o homem o fazem juntos como um Ser inseparável.
Se houvesse algo como pecado no mundo, seria Deus e o homem pecando como um pecado inseparável. Se houvesse algo como morte no mundo, seria Deus e o homem como um Ser inseparável, morrendo e sendo morte. Já que não podemos vincular o pecado e a morte a Deus, não podemos vinculá-los ao homem, porque Deus e o homem são um Ser inseparável. Deus, sem o homem, não pode ser imortalidade. Deus e o homem como um Ser inseparável é Vida imortal. Esse entendimento de que Deus e o homem são um Ser inseparável é de fato nosso Salvador. Essa é a teologia divina que foi ensinada por Jesus e apresentada ao mundo como Ciência Cristã por Mary Baker Eddy em “Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras”.