EU SOU
Martha Wilcox
Não foi até quando Mary Baker Eddy nos deu “Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras”, que fomos capazes de entender a afirmação “EU SOU O QUE SOU”. O pensamento não iluminado não tem apreensão do eu ou do ego, a não ser o eu pessoal.
A Sra. Eddy usa o termo “EU SOU” como sinônimo de Deus, e define EU SOU como “Deus; Mente incorpórea e eterna; Princípio divino; o único Ego.” (S&H 588:20) Ela diz que Deus é “o eterno EU SOU, e Tudo, além do qual não há nada mais”. (’02 7:15) Ela diz, Deus é “o sempre presente EU SOU, preenchendo todo o espaço”. (Rud. 3:27)
Quando entendemos completamente o termo EU SOU, isso acaba com nossa crença em Deus como pessoa e elimina nossa crença em um eu pessoal. Frequentemente ouvimos expressões como “estou doente” ou “estou cansado” ou “sou pobre” ou “tenho medo”, tudo do ponto de vista pessoal do eu.
O eterno EU SOU, governando toda a existência, exclui para sempre a possibilidade de haver um eu-pessoal, e exclui todo pecado, sofrimento e morte, que resulta da crença em um eu-pessoal. Jesus viu “o homem perfeito”; isto é, dentro de sua própria consciência ele viu uma expressão individual de Deus, o grande EU SOU. Mas aqueles que acompanharam Jesus viram em sua consciência esta expressão do grande EU SOU em reversão. Eles viam o homem perfeito como pessoal, totalmente separado e à parte de Deus.
Somos tão propensos a pensar em nós mesmos e nos outros como seres humanos bons, pessoais, ou como boas personalidades de mente espiritual, que estão tentando encontrar a luz da Verdade. E embora este seja um conceito louvável, é um conceito humano limitado.
Quando entendidos corretamente, representamos algo muito maior do que apenas bons seres humanos ou boas personalidades. Em nossa realidade, somos personagens espirituais radiantes que compõem o Cristo. O EU SOU é auto-revelador, e é para sempre revelado a Si mesmo como todos os homens e mulheres individuais, o Cristo. Quando corretamente estimado, cada um de nós é o Cristo revelado.
Onde está nossa verdadeira visão? De que nos vale declarar e afirmar que Deus, o grande EU SOU, é o único poder, a única Vida, a única Presença, o único Ser infinito, se continuarmos vendo e crendo que nós mesmos, e cada homem e mulher é uma personalidade, cada um com vida própria, que pensa e age segundo uma vontade própria? Onde está nossa verdadeira visão?
“Eu sou isso”, “eu sou aquilo”, “eu faço isso”, “eu faço aquilo”, “eu acho isso”, “eu acho aquilo”, é o nosso pensamento e está em nossos lábios muitas e muitas vezes por dia. , e sempre de um ponto de vista pessoal-eu. Mas a Ciência divina e nossa própria boa visão indicam que somos EU SOU em manifestação. A crença de que somos um eu pessoal é o mal fundamental, e esse falso eu deve ser visto e tratado como um desvio do único eu, o grande EU SOU.
Como Cientistas Cristãos, devemos ceder a esse senso de personalidade e reivindicar o verdadeiro EU SOU O QUE SOU como o TODO e ÚNICO. Todos os problemas da raça humana são atribuídos direta ou indiretamente a um falso sentido material do divino EU SOU. E é reconhecendo e aceitando o único EU SOU divino como o único eu, que aprendemos a abandonar nossas falsas crenças de pecado, doença, carência e morte, que são todas incidentais ao chamado eu pessoal.
Em todos os seus escritos, a Sra. Eddy se esforçou particularmente para tornar claro e definitivo que o único EU SOU nunca é expresso pelo finito, material, mortal ou pessoal. O EU SOU O QUE SOU não significa o mortal e o material, não significa perfeição pessoal, não significa nada que seja limitado ou finito. O grande EU SOU de todo Ser não é restrito, nem é restritivo. EU SOU não conhece o medo, e não conhecer o medo é ser infinitamente individual e infinitamente universal.
Neste exato instante, se estivéssemos conscientes de nós mesmos como o EU SOU O QUE SOU, o que estaríamos pensando? Como a identidade consciente ou manifestação do EU SOU, estaríamos pensando, e nosso pensamento seria nosso ser isso, estaríamos pensando, EU SOU a Mente infinita, eterna, imaculada, imortal. Eu existo em e de mim mesmo. Eu sempre sei minhas próprias idéias. Eu sei tudo. Sou harmonioso, alegre, livre.
EU SOU O QUE SOU compreendido, significa a Inteligência una, a inteligência que somos agora; o único Ser, o ser que somos agora; a única Vida, a vida que somos agora; o único Princípio divino do qual nunca somos desviados nem subvertidos.
Exatamente onde pensamos, exatamente onde moramos, exatamente onde nossa consciência diz “eu”, bem ali está EU SOU O QUE SOU. O que o sentido pessoal parece saber humanamente não é nós pessoalmente sabermos algo separado da Mente divina. É a Mente divina, o único EU SOU, conscientemente sendo SI MESMO como homem real. Nunca somos nós, como pessoas, que dizemos “Deus é o único Poder, a única Vida, a única Presença”. É sempre o EU SOU, e nunca o eu pessoal que declara Poder, e Vida, e Presença e declara ser isso.
Este evento que está acontecendo aqui hoje, nossa Associação, é um evento legítimo, e o que é verdade sobre este evento é Deus, o EU SOU, sendo ele. Se dermos um passeio esta noite, ou formos ao nosso negócio na próxima segunda-feira de manhã, não há outro eu além do grande EU SOU sendo esses eventos. A verdade ou fato para esses eventos, e para todos os eventos, é o EU SOU O QUE SOU.
O divino EU SOU encontra expressão em tudo o que pensa; Ele encontra expressão em tudo o que sabe e faz; o divino EU SOU é a base de toda ação e realização verdadeiras. Há apenas um EU SOU, e este EU SOU fala e é feito. Quando entendemos claramente que o único EU SOU é Deus, e que somos a evidência ou identidade consciente desse Deus auto-existente, e quando entendemos que nunca houve um tempo em que este EU SOU auto-existente pudesse passar sem o que Ele é, o que é o homem, então não temos medo de dizer EU SOU.
Sabemos que a única coisa que está dizendo EU SOU é nossa própria Mente infinita e divina. É nossa própria Consciência infinita que está dizendo EU SOU, e não nós pessoalmente. Quando dizemos EU SOU, estamos realmente encontrando nossa própria realidade divina.
Homem, o homem que somos agora, é a evidência ou identidade consciente deste grande EU SOU. EU SOU (significando Deus) e QUE EU SOU (significando homem) está em unidade, em unidade. Nós somos a expressão, a manifestação, a identidade consciente do EU SOU, Deus. EU SOU INFINITO, é o homem com efeito como infinito.
EU SOU é a única Mente; sabendo tudo. E na medida em que nós, a manifestação da Mente onisciente, manifestamos o pensamento científico, sem egoísmo, sem ganância, sem medo, sem dúvida, sem qualquer senso de vontade ou dominação, apenas o saber, a consciência, que o A Mente divina está sendo nossa Mente, a Mente do homem, na medida em que fazemos isso, é a Mente divina, o EU SOU, sendo o onisciente, o SER que reflete.
É este EU SOU O QUE SOU que cura o doente e o pecador, que reduz todas as dificuldades em nossos negócios ou assuntos diários a nada e traz sucesso e realização. O termo EU SOU é a expressão mais importante no desdobramento da Ciência Cristã para a consciência individual. Sem ela, estamos propensos a pensar em Deus ou no “eu” como estando distante, quando bem aqui é o lugar que o “eu” possui. Uma grande sensação de liberdade e domínio vem a nós quando percebemos que o EU SOU, sendo, expressando-se, é nosso eu individual.
EU SOU O QUE SOU, devemos dizê-lo, pensar e ser isso o tempo todo. Devemos dizer e saber EU SOU O QUE SOU do ponto de vista da Mente divina como sendo TUDO. É muito anticientífico dizer isso do ponto de vista do eu pessoal, e fazer a afirmação científica, EU SOU O QUE SOU, para o pensamento despreparado, não é o caminho da sabedoria.
Moisés foi designado para libertar os filhos de Israel da escravidão, isto é, de toda escuridão mental, dúvida e medo. Moisés hesitou, dizendo: “Quem sou eu para tirar os filhos de Israel do Egito”. Moisés sentiu que seria necessário um poder maior do que ele, como um eu pessoal, para realizar essa poderosa tarefa. Então Deus ou a verdadeira Consciência disse a Moisés: “EU SOU O QUE SOU”. Nesta tremenda declaração de supremacia absoluta, Moisés reconheceu que é o sempre presente EU SOU, o Cristo interior, e não um eu pessoal que liberta a humanidade de toda escravidão material.
Afirmar do ponto de vista pessoal que estou doente, estou com medo, estou desanimado, estou cansado, estou com raiva, estou pobre, ou qualquer outra afirmação errônea que somos tão propensos a fazer em relação ao nosso eu pessoal , está apenas forjando outro elo em nossa cadeia de escravidão. Nosso negócio é ser essa verdade como nós mesmos; ser o bem sem limites; a oportunidade; a capacidade; as posses; a capacidade que Deus, o grande EU SOU, está expressando como Sua manifestação, o homem. Nossa herança é domínio, perfeição e poder, porque o fato científico é que agora somos a identidade consciente do grande EU SOU.
A Sra. Eddy retratou lindamente os horizontes ilimitados do nosso ser individual como o reflexo do Espírito, o grande EU SOU. Lemos: “Eu sou Espírito. O homem, cujos sentidos são espirituais, é minha semelhança. Ele reflete a compreensão infinita, pois eu sou o Infinito. A beleza da santidade, a perfeição do ser, a glória imperecível, tudo é meu, pois eu sou Deus. Eu dou imortalidade ao homem, pois eu sou a Verdade. Eu incluo e comunico toda a bem-aventurança, pois eu sou Amor. Eu dou Vida, sem começo e sem fim, porque eu sou Vida. Eu sou supremo e dou tudo, pois sou a Mente. Eu sou a substância de tudo, porque EU SOU O QUE SOU.” (C&H 252:32-8)
(De Artigos da Sra. Wilcox como continuação do artigo “EU SOU”.)
Tudo o que me constitui humanamente é agora realidade, agora é Deidade, é agora o próprio EU SOU sendo essas formações como idéias divinas. Eles nunca são matéria e não há desconexão da assim chamada visão humana do EU SOU ou Deidade que é a Mente que tudo vê.
Deus é minha Mente, minha própria mente é Deus. A mente que tenho agora é Deus. Minha própria Mente é o único Deus que terei ou conhecerei. Eu nunca vou além da minha própria mente para encontrar Deus, ou para encontrar todo o bem. O que Deus, minha própria mente é, como pensamentos e idéias, como inteligência ou consciência, ou como experiência, é o único homem que serei.
Eu entendo que cada coisa boa, cada coisa útil, tudo natural à minha existência humana, é Deus, minha própria mente estando bem aqui? Essas coisas não são coisas materiais; são formas de pensamento ou idéias divinas, que me aparecem humanamente como coisas materiais. Eles me aparecem humanamente como coisas materiais por causa da névoa dos sentidos ou porque são vistos através de um vidro escuro.
Você entende que você, como uma manifestação individual de Deus ou da Mente, não origina seus pensamentos, ideias ou inteligência? Você entende que você é todos os pensamentos, ideias e inteligência que Deus ou Mente está sendo? Deus é a substância, totalidade e ação de você. O chamado ser humano é a única Alma e corpo, o Ser divino, aparecendo gradualmente através das brumas do sentido material. O que parece ser um ser humano, quando corretamente entendido, é o Filho de Deus, divino em ser e divino em todas as suas qualidades e atributos.
Qualquer membro de nosso corpo atual ou qualquer função de nosso corpo é a atividade expressa da Mente divina e, portanto, é sempre perfeita e harmoniosa. O corpo considerado como matéria, é antes espiritual e o único corpo. Quando uma vez estimamos o chamado corpo humano como sendo o corpo divino e único, então nosso corpo deixa de ser humano para nós e, como Jesus, provamos que ele é divino e espiritual. O corpo de Jesus parecia material para os outros, mas para Jesus seu corpo atual era espiritual, senão ele não poderia ter passado pelas portas fechadas.
“O Amor Divino sempre atendeu e sempre atenderá a todas as necessidades humanas.” A coisa mais importante sobre esta declaração é “Amor Divino”. Quando o Amor Divino estiver tão presente em nossa consciência humana quanto a necessidade parece estar, não haverá necessidade, tudo será Amor Divino.
Nem você nem eu estamos vivendo a Vida, mas a Vida consciente está vivendo você e eu eternamente.
A Verdade viva e consciente é a substância ativa viva de tudo.
Seja a própria Verdade.
Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e conhece os meus pensamentos; e vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno”. (Leia S&H 147) No fim dos dias, levantei meus olhos para o céu, e meu entendimento voltou para mim, e eu abençoei o Altíssimo, e louvei e honrei Aquele que vive para sempre.