Dominando o Homem Forte
Albert F. Gilmore
Nenhum outro mestre religioso jamais utilizou parábolas tão convincentes quanto Jesus para explicar suas doutrinas. A casa construída sobre a areia, o grão de mostarda, o administrador infiel, a figueira, o semeador, o homem forte e muitas outras ilustrações ilustravam com veemência a mensagem. Em cada exemplo, ele apresentava um importante ensinamento metafísico.
A história do homem forte que guardava seus bens materiais e que precisava ser vencido antes de ser despojado de suas posses contém um ensinamento importante, esclarecido pela Ciência Cristã. Ao discutir essa parábola em Ciência e Saúde, Mary Baker Eddy afirma: “A mente mortal é ‘o homem forte’, que deve ser subjugado antes que sua influência sobre a saúde e a moral possa ser removida”. Ela levanta esta questão pertinente: “Como posso curar o corpo sem começar pela chamada mente mortal, que o controla diretamente?” Nessas palavras, somos apresentados à necessidade de controlar o “homem forte”, a mente mortal, para nos libertarmos de suas aflições, pecados, doenças e morte. A mente mortal alega ser o “homem forte”, um homem muito forte, mas essa mente é uma mentirosa, e suas alegações de poder não são válidas. Como podemos subjugar essa mente mortal ou carnal e nos livrar de suas falsas crenças é a grande bênção concedida à humanidade pela Ciência Cristã.
Jesus estabeleceu para sempre a impotência dessa falsa alegação de inteligência, chamada mente mortal. Quando examinamos a situação pela primeira vez, parece inacreditável que uma não-entidade, uma falsificação, tenha recebido o poder que a mente mortal alega possuir; mas a Ciência prova sua insignificância, pois todas as suas alegações são destruídas ao conhecermos o poder absoluto da Mente única, Deus. Em Ciência e Saúde, Mary Baker Eddy afirma: “O exterminador do erro é a grande verdade de que Deus, o bem, é a única Mente, e que o suposto oposto da Mente infinita — chamado demônio ou mal — não é Mente, não é Verdade, mas erro, sem inteligência ou realidade.”
O caminho para vencer o erro está sempre presente, e não há necessidade de demora. Podemos começar imediatamente a declarar a totalidade de Deus, a nos esforçarmos para perceber a presença da Vida, da Verdade e do Amor infinitos; e na medida em que compreendermos esse fato, o “homem forte” enfraquecerá e será imediatamente despojado de sua aparente força. Quando isso acontece, a doença é curada instantaneamente. Quando o pensamento se torna tão inundado pela Verdade, que é Cristo, a ponto de excluir as reivindicações do mal, o “homem forte” não apenas é despojado de todo poder, mas é reduzido ao estado de nada, que, de fato, é seu estado natural.
A operação da Verdade espiritual é instantânea. “A palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes.” (Heb. 4:12); e a Verdade infinita está sempre presente e sempre disponível. Para invocar esse poder imenso, precisamos compreender esse fato. Mary Baker Eddy sabiamente propôs um processo passo a passo, “um pouco aqui, um pouco ali”, pelo qual o mal é vencido e o Cristo, a Verdade, é alcançado. Ela nos assegura que até mesmo um grão de verdade espiritual fará maravilhas.
Se reclamarmos da nossa aparente lentidão em aprender a Ciência divina, retardamos nosso progresso espiritual. O “homem forte” não está preso por acreditar que a tarefa está além da nossa capacidade de realizá-la; mas sim por saber que o bem sempre presente é onipotente, e ao agirmos de acordo com esse conhecimento, avançaremos muito em despojar o “homem forte” — “dos seus bens”. Cada reivindicação do mal que é vencida pela aplicação da Verdade espiritual facilita o caminho para todas as outras. Estamos engajados nesta que é a mais importante de todas as atividades, e suas recompensas incluem tudo o que é bom: Paz, Salvação, Céu, Vida Eterna.
Ingles–lnik